Maria caminhara muito... Ainda era madrugada, quando saíra para a vida... As estradas lhe pareciam infindáveis. O caminho era de uma beleza impar, mas seus pés estavam cansados.
O cansaço tomara conta de seu corpo e seus sonhos lhe pareciam impraticáveis. Sua persistência em seguir a caminhada, em lutar, tinham, em contrapartida, um efeito desastroso na sua vida. As vezes cansava. Cansava demais.
Lembrou que nunca havia descansado, nadica de tempo, de suas responsabilidades de mãe e responsável pela família. Nunca pode dividir as preocupações... com doença, casa, andamento de tudo... e sua caminhada era dura e áspera, neste tempo todo de vida e caminho, entre estradas e pedregulhos.
Olhou as árvores que a rodeavam... coloridas... mas a estrada estava negra. Sinal de solo fértil. Mas, em sua mente, sinal de dor e exaustão. Porque não podia sentar ali... havia umidade... havia terra preta, que mancha. E ela queria descansar...
A suave brisa, que corria por entre as árvores, brincava com Maria... dizia seu nome, imitava os passarinhos, carregava o cheiro da terra molhada pelo orvalho. Balançava seu cabelo, levando-os aos olhos... como que para mostrar que ela não podería ver aquela paisagem assim. Pois, naquele bosque, a estrada tinha que demonstrar sua fertilidade, que o caminho tinha que ter pedras e curvas... e que, em todo caminho, lá estava ele a acompanhar e a brincar com Maria...
Sorriu...
E a brisa, novamente, em uma golfada, levou seu cabelo aos olhos... e Maria sentiu... percebeu que tinha que olhar para dentro de si. E que ali dentro a paisagem era igualmente linda. Ali havia esperança, que controlava a fraqueza. Havia garra, que controlava a solidão. E havia um coração, que a impulsionava a amar. Amar a vida... Amar a cada dia.. a cada estrada... a cada lágrima derramada, a cada exaustão, a cada fraqueza... porque, sem elas, não seria vida.
Afastou a mecha de cabelo de seu rosto... aquele gesto era significativo.
Embora alguns fios ainda teimassem em se esticar pelo rosto, tentando alcançar a outra face, ela conseguiu vislumbrar a paisagem que se descortinava atrás da curva...
Cada um a vê de um modo diferente... Mas, para ela, naqueles dias de fraqueza, era uma paisagem a ser descoberta, ainda... e os primeiros sinais lhe indicavam que seria um belo horizonte.
Ainda fraca, ainda querendo "só descansar", seguiu em frente... A brisa lhe avisava que ali... logo ali.... faltava muito pouco... havia um banco. Um banco de jardim! Um paraíso.
Lembrou que nunca havia descansado, nadica de tempo, de suas responsabilidades de mãe e responsável pela família. Nunca pode dividir as preocupações... com doença, casa, andamento de tudo... e sua caminhada era dura e áspera, neste tempo todo de vida e caminho, entre estradas e pedregulhos.
Olhou as árvores que a rodeavam... coloridas... mas a estrada estava negra. Sinal de solo fértil. Mas, em sua mente, sinal de dor e exaustão. Porque não podia sentar ali... havia umidade... havia terra preta, que mancha. E ela queria descansar...
A suave brisa, que corria por entre as árvores, brincava com Maria... dizia seu nome, imitava os passarinhos, carregava o cheiro da terra molhada pelo orvalho. Balançava seu cabelo, levando-os aos olhos... como que para mostrar que ela não podería ver aquela paisagem assim. Pois, naquele bosque, a estrada tinha que demonstrar sua fertilidade, que o caminho tinha que ter pedras e curvas... e que, em todo caminho, lá estava ele a acompanhar e a brincar com Maria...
Sorriu...
E a brisa, novamente, em uma golfada, levou seu cabelo aos olhos... e Maria sentiu... percebeu que tinha que olhar para dentro de si. E que ali dentro a paisagem era igualmente linda. Ali havia esperança, que controlava a fraqueza. Havia garra, que controlava a solidão. E havia um coração, que a impulsionava a amar. Amar a vida... Amar a cada dia.. a cada estrada... a cada lágrima derramada, a cada exaustão, a cada fraqueza... porque, sem elas, não seria vida.
Afastou a mecha de cabelo de seu rosto... aquele gesto era significativo.
Embora alguns fios ainda teimassem em se esticar pelo rosto, tentando alcançar a outra face, ela conseguiu vislumbrar a paisagem que se descortinava atrás da curva...
Cada um a vê de um modo diferente... Mas, para ela, naqueles dias de fraqueza, era uma paisagem a ser descoberta, ainda... e os primeiros sinais lhe indicavam que seria um belo horizonte.
Ainda fraca, ainda querendo "só descansar", seguiu em frente... A brisa lhe avisava que ali... logo ali.... faltava muito pouco... havia um banco. Um banco de jardim! Um paraíso.
by Miriam, na espera do encontro do "banco de jardim".
5 comentários:
Há sempre um banco à espera... no final no caminho, ou no meio, porque o final é definitivo, e o descanso é necessário antes de chegarmos lá
Olá Miriam
Texto lindíssimo este.
Gostei muito.
Boa semana
**BEIJOS**
É viciante a tua escrita.
Um abraço de até breve.
Continue com essa brilhante forma de escrita...
Cumprimentos,
Miriam.
Que lindo texto!!!
Voltarei outro dia com mais tempo para olhar bem o teu cantinho.
Um Beijo em Silêncio
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