segunda-feira, dezembro 31, 2007

Um Ano de Vitórias e Bençãos a todos!

Hoje estou me despendindo do ano de 2007. Um ano que serviu para me mostrar o que realmente tem valor na vida.
Perdi muitas coisas... passei por fases difíceis demais. Passei por situações profissionais inexplicáveis, como esta a que se refere o post abaixo. Passei por problemas que, para mim, eram insolucionáveis. E deixei nas mãos de Deus, cada um.
Com isto, aprendi a viver mais um pouco. Aprendi que nada do que temos, aqui na terra, é perene. Nenhuma das coisas materiais, que tanto lutamos para adquirir, supera a graça de estar nos braços de Jesus.
Hoje, último dia do ano, eu agradeço a Deus por todas as tristezas, todas as tribulações que me foram permitidas passar. Pois, sem elas, eu estaría menor.
Deixo, então, a todos meus votos de um 2008 tão maravilhoso, mas tão lindo, que permita a cada um dos meus queridos amigos, e dos que aqui passam, a consciência da razão da vida.
FELIZ 2008 a todos!!!!!!!!
Miriam

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sexta-feira, dezembro 28, 2007

A verdade está no ar!

Maria caminhava pelo jardim. Olhava em volta. E, ao perceber que na cesta de correspondência estava uma carta, surpreendeu-se. Mas como? Tantas vezes havia tentado conseguir aquela resposta e, quando menos esperava, ela apareceu...

Maria olhou seu filme de segurança.. e viu passos premeditados. Embora sabendo a verdade, pegou sua carta... respondeu. Porque sua verdade era a mesma, sempre. Nada poderia mudar sua forma de ver o mundo e as pessoas.

Lembrou-se de um conto no qual um mestre, depois de levar um aprendiz no alto das montanhas, onde ouvia-se ecos de tudo que falavam, pediu que ele gritasse bem alto palavras agressivas... e estas retornavam.. Depois pediu que ele gritasse palavras de amor... e estas retornavam. E ele, olhando ao pequeno que ali estava, disse-lhe:
-Assim é a vida. Tudo que fizeres retornará para ti. Se inundares todos de AMOR, independente de aceitação, o AMOR voltará para ti, e estará sempre te acercando.

Apesar de tudo, continuou a oferecer uma real amizade - tanto ao rementente como ao entregador. Sabia que, conforme a Bíblia diz, se desejasse "Paz a esta casa!" e ela não fosse aceita, a paz retornaria para si e para sua casa.

Os dias passaram... e Maria continuou a perceber a verdade dos fatos. E, num retorno ao seu cantinho predileto, a verdade esbarrou na sua frente. Por mais que possamos pensar que nosso voo pelo azul do céu, ao encontro do encontro esteja apenas nos nossos planos e no nosso conhecimento, fatos nos mostram que nada é impossível de se entender.

Fechou a porta... não precisava mais olhar o porta-jornais. E gostaría que as pessoas entendessem que, por mais que se escondam da vida e dos outros, existe um Deus que tudo vê e tudo sabe... e que mostra aos Seus filhos amados o caminho por onde andar.

Maria queria ficar quieta... mas não a deixavam. Sua paz era constante, embora não parecesse. Lembrou que, um dia atrás, estava a sestear e acordara com sua própria risada, pois estava sonhando que alguém lhe contava uma piada. Tentou lembrar... mas não conseguiu. E percebeu que apenas ri dormindo quem está em paz perfeita... aquele que tem seu coração em paz verdadeira.

Entrou em casa... o dia estava terminando... o Ano de 2007, também. E no novo ano, Jesus prometera, e, sem dúvida, cumpriría sua promessa: - Este novo ano seria ESPECIAL. O tempo que termina... anuncía, para ela, o júbilo e a vitória.


by Miriam, louvando à Deus por Sua ajuda, Seu cuidado e Seu Amor.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Feliz Natal e um Ano de 2008 repleto de graças!

Eu, na pele de Maria... ou Maria, na minha pele...?
Agradeço a todos que sempre passaram por aqui e aos novos visitantes... aos visitantes que aqui vem ao acaso...
Desejo a todos um Feliz Natal. Que neste novo ano possamos conviver mais neste meio blogueiro. Que possamos ser companheiros na jornada das letras e da arte. Que possamos entender o outro como aquele que coloca seu dom para nos presentear com suas criações.
Que em 2007 somente as alegrias sejam as companheiras diárias e constantes.
Se, por acaso, eu deixei de visitar algum blog dos que aqui me deixaram votos de Boas Festas, peço desculpas. Mas, em razão de estar em viagem meu tempo é curto na frente do PC. Além de estar com doença na família (já em recuperação, com a graça de Deus).
Deus abençoe a todos!!!!!!!
Beijos ternos
Miriam

domingo, dezembro 16, 2007

Mas... fiz um post...

Tentei... mas não consegui.
Tentei contar uma história de Maria... tentei em vão.
Maria está doente. Muito doente. E eu não me permito contar suas histórias.
Maria tem andado muito triste. E sua tristeza é tão profunda e tem razões tão concretas que, por mais que eu quisesse falar aqui, estaria menosprezando sua dor. Maria está no final do tempo do tempo... e não voltará, talvez. Como nunca devemos falar que "desta água não beberei", eu não posso afirmar que nunca mais cantarei Maria.
Podem acreditar: Um dos meus sonhos é poder cantar Maria, contar Maria, falar Maria, sonhar Maria. Porque Maria existe em mim antes de cada conto. Maria existe antes de cada dor. Pois viver em Maria é um viver real.
Tentei mas não consegui. E somente o tempo dirá.
Mas não acreditem em tudo que se diz... não acreditem porque Maria acreditou e depois viu que a verdade dos fatos era outra. Não acreditem nas dores... nos amores... Não acreditem no sofrimento nem na ruptura do tempo no tempo. Não acreditem na dificuldade. Muitas vezes a dificuldade existe porque não há intenção de se colocar o sentimento em palavras...
Mas... fiz um post... embora querendo - e não conseguindo - falar de Maria.


by Miriam, numa tentativa frustrada.


sexta-feira, novembro 16, 2007

O tempo sem tempo do tempo.

Maria levanta a cabeça... estivera cabisbaixa durante muito tempo. E entregara-se aos pensamentos, às recordações. Passou um tempo... o tempo do tempo... e o tempo se foi.
Assim como o tempo, as palavras tem um tempo de existência. E este tempo era finito. Tudo é finito. A não ser a nossa alma. E, neste finito tempo do tempo das palavras, muitas coisas foram ditas e muitas o deixaram de ser.
No silêncio está a verdade, e na negação do fato a realidade. Nas sofridas notas de um piano, que canta as dores de quem toca, está a certeza do sentimento de sombria estupefação.
Maria sabia que o que estava dizendo não fazia sentido para ninguém. Mas no tempo do tempo, a luz se derramaria sobre as pessoas e o entendimento se daría.
O tempo fora o tempo... não mais o era. E, deixando de ser, ultrapassava a barreira do material e se deslocava para a enternidade.
Maria estava no final do tempo das palavras. E colocava suas dores nas notas tristes tiradas em músicas eternas. Eternas porque somente a música é eterna, na contingência material das ferramentas das sublimações.
Saiu, mais uma vez, a passo... um passo do tempo sem tempo, que modificaría a sua vida - no tempo sem tempo do tempo.
Maria fora o tempo... e o tempo se rompeu.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Dolorosamente iguais...

Maria estava melhor. Havia passado por momentos difíceis... os quais ainda não haviam se solucionado. Mas a fraqueza se convertera em mansidão e retorno ao convívio da alegria e dos sorrisos.
Numa etapa tão difícil como a que havia passado - nada agradável -, ela se perguntava porque tudo era muito mais sofrido para determinadas pessoas e para outras a vida corria com mais calma e mais vitórias. Sua vida foi - e estava sendo - muito sofrida... lutas diárias, sempre "correndo atrás da máquina"
... e só.
Esta solidão, na qual ela se via sozinha na batalha, sem nenhum ombro ou ajuda, era o que mais a deixava triste. Pois "onde dois estão juntos, quando um cai, tem quem o levante"(bíblico). E este apoio, que tanto lhe fazia falta, era um sonho quase inatingível e quase impossível de ser "sonhado" no dia a dia.
Levantou de seu trabalho e, olhando uma revista, seu olhar percorreu algumas linhas onde assim estava escrito:
-"Pior solidão é aquela que sentimos quando estamos acompanhados".
Maria sorriu... a resposta estava ali. Mas nem precisava estar, porque Maria sempre foi só, mesmo quando estava acompanhada. Ela sabia muito bem o que queria dizer isto.
A música que escutava lembrava um final de semana se aproximando... ou ja em pleno andamento. E , mais uma vez, tudo seria igual. Tudo se repetia na vida de Maria, como se repetia o sol, ao nascente e ao poente. Os raios do sol, pelo menos, mudavam de tom e intensidade, dependendo do tempo, do dia. Mas os dias de Maria permaneciam iguais...
dolorosamente iguais...
infinitamente iguais...
sofridamente iguais...
Uma musica suave tocava, naquele momento... E Maria permitiu-se perambular pelas calçadas da mente, dançar nos jardins dos pensamentos... abraçar um amor imaginário e saltitar por entre arbustos e flores, cantando e encantando... levando em seus ombros o manto da alegria e da paz por poder sonhar... e era livre para sonhar.
Talvez tenham tirado tudo de Maria... mas não sua liberdade de sonhar. Não sua liberdade de "crer contra a esperança" ... não sua liberdade de saber-se triste por momentos, mas compreender que superaría a dor e continuaría a viver... a lutar...
e a vencer, em algum dia, em algum lugar...

ou pelo menos:
... em alguma coisa!

by Miriam, ainda em recuperação.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Sem rumo

Maria começou a caminhar sem rumo... deixou-se levar pelo coração e pela emoção. Não via as pessoas que passavam, nem carros... não via nada. Algumas lágrimas teimavam em querer aparecer e ela não as deixava correr. Não teria como mostrar suas dores e seus temores a ninguém. E não queria.
Seguiu seu rumo, que nem rumo era, pois se perdera da vida... perdera-se de seu sentido, de suas esperanças...
Olhando seus pés, que a levavam não sabia onde, não se deu conta quando se deparou com uma pracinha pequena. Ali algumas árvores, um banco e um caminho por onde várias pessoas caminhavam em seu exercício de final de tarde. Sentou-se, com a cabeça baixa... nada tinha a olhar.. nem a fazer... não sabia porque estava ali, nem porque havia sentado. E deixou o tempo passar...passar...
...passar.
Olhou em volta e poucas pessoas restavam. A noite se mostrava, com sua brisa suave e tonalidades confusas. Alguns raios de sol ainda iluminavam o horizonte, dando a cor avermelhada característica do poente... pequenas formas de nuvens, aqui e ali, num escuro azul acinzentado, transformavam o céu numa imagem digna dos grandes artistas. Mas nada animava Maria... que havia se escondido da vida e das pessoas no inverso escuro da natureza... não queria mais que a vissem, nem que a escutassem. Sua voz estava rouca, seus olhos sem brilho... e era chegado o fim.
Maria não se lembrava como ali chegara nem como devia seguir. Mas seu instinto de sobrevivência a impulsionou a buscar o conforto de sua casa. E lá se foi...
...Foi à passo... como tinha vindo até ali.
...Foi sem olhar os carros, as pessoas.

Foi sem sentir...
...Embora sentisse muito!

by Miriam, numa noite de primavera

Será que resiste?


Maria estava triste... muito triste...
Maria estava cansada...
                         muito cansada...
                         muito cansada...
Será que Maria existe?
Será que Maria resiste?
Quem será Maria?
O que quer Maria?
Onde anda Maria?
Por que Maria?

Maria estava cansada...
                         muito cansada...
Maria chorava...
                         muito...
pois estava cansada...
                         muito cansada.

by Miriam - (Imagem da net)

segunda-feira, outubro 15, 2007

Um adendo ao post anterior

Um adendo ao post anterior.
Ao fazer o post eu, nas palavras soltas, escrevi uma que, para mim, não tinha sentido. "Acidente".

"avenida, carros, estradas. ... horror, acidente, enxofre, ramada, sujeira, vassoura,...verídico, cuidado, porta, sufoco, cansaço, serventia, operação, viagem..."
( não posso esquecer de registrar que, aqui no RS, as plantas que existem e nascem pelos campos e à beira das estradas chamamos de vassouras)

Bem. Eu ainda não havia lido a notícia (nem sei se já estava publicada, provavelmente não estivesse ainda) sobre um acidente com um conhecido.

Deixo, aqui, o registro. Com a graça de Deus nada ocorreu de mais grave. Mas, como podemos esquecer que temos mais do que corpo? Como podemos esquecer que temos alma... e que esta alma está acima de qualquer espaço e tempo? E que podemos perceber acontecimentos ocorridos à distância, mesmo que não façamos parte dele?

Não é um fato isolado, este que ocorreu. É habitual em mim. mas quis deixar aqui, registrado. Sabe-se lá até quando estarei escrevendo aqui.

E a propósito do comentário feito no post anterior. Eu não estou saindo em férias. Quem sou eu para ter estes privilégios? Não posso contar com isto.

Deus os abençoe!

by Miriam

domingo, outubro 14, 2007

Sono reparador

Maria não seria capaz de dizer o que estava sentindo. Os sentimentos misturavam-se, confusos, em seu peito. Sabia não ser tristeza, mas não conseguia definir.

Sorriu ao pensar que, pelo menos, sabia o que "não" era. Já havia dado um passo em frente.

Movimentou-se, impaciente, em sua cadeira. Algo no ar... Algo que a incomodava. E começou a jogar com as armas de sua profissão (abandonada). Jogou palavras e fatos ao ar... em busca da resposta.

Neste Domingo o Horário de Verão estava começando. Maria não gostava deste horário. Eis que lembrou da noite anterior. Quando deitara, adiantara o relógio em uma hora. E, no mesmo instante, pensou:
-"Começou o tempo que eu não gosto".
Não gosto.... isto um cristão não deve dizer. Pois todos os dias são graças e bençãos de Deus. E a cada dia, mais graças, mais bençãos, são derramadas na nossa vida. Mas o verão, com seu calor insuportável, mosquitos, cansaço constante devido ao mal estar que o calor deixa no corpo... tudo isto a incomodava.

Neste Domingo estava sem poder trabalhar. Faltava material. E ela dedicou-se ao estudo. Alguns a deixaram triste, pois não conseguiu estudar- dúvidas e problemas com os programas que não sabia como solucionar. Entregou-se ao desenho e animação - desta forma ocuparía seu tempo e aprendería.

Muitos fatos contribuiram para o bem-estar de Maria na semana que havia passado. No entanto, o próprio bem-estar lhe dava a incômoda sensação de que estava, agora, vazia. Antes o sentimento lhe acompanhava. Mas,exatamente por isto, sem ele nada estava preenchendo o seu coração. Era uma situação "sui generis". Não tinha objeto para direcionar seu pensamento.

Lembrou-se, também, de amigos que estavam se aproximando. Amigos novos, amigos de algum tempo. Lembrou-se de que ganhara um irmão virtual. Lembrou-se do dia lá fora, com sol e céu azul. Lembrou-se de que estava sentada na frente do PC, sozinha, a escutar música. E jogou mais palavras:

Dúvida, anseio, solidão, retração, ressentimento, falsidade, saudade, aversão, bula, almoxarifado, sentimento, musicas, hortências, flores, relógio de flores, avenida, carros, estradas, jumento, autêntica juventude, horror, acidente, enxofre, ramada, sujeira, vassoura, beijo, casal, unidade, carícia,dança, dança com lobos, filme, televisão, reportagem, verídico, cuidado, porta, sufoco, cansaço, serventia, operação, viagem, situação cômoda, angústia, autenticidade, confirmação, autoridade, camaleão, suavidade, sentimentalismo exagerado, efusão, efusão do E.Santo. Conversão, arrependimento, reparação, eternidade, felicidade, amor.

Restava, agora, juntar as palavras e tentar decifrá-las. Nada incômodo. Pois estava, realmente, sem ter o que fazer.

Não sabia exatamente o porquê. Mas o próprio fato de escrever as palavras, e relê-las, havia aliviado seu peito.

Sentiu sono. Há pouco acabara de almoçar. E, como não podia deixar de ser, a moleza se instalava no seu corpo após o almoço. Não era consigo apenas. Todos sentiam. Nem sempre podiamos descansar como seria conveniente. Mas, hoje, Maria podia.

Saiu da frente do monitor e do teclado, sentindo-se calma e tranquila. O sono a embalava. A música suave dormitava com ela. E, nas mãos que escreveram, a cura para um estado momentâneo de insatisfação.

Todo seu ser se direcionava para que fechasse os olhos e se entregasse ao sono reparador. E Maria não lutaría contra isto.

by Miriam, antes de sair para descansar.

domingo, outubro 07, 2007

Renovação

Hoje estou realizada. Renovei minha página pessoal. Há tanto tempo desejava fazer isto, mas não tinha coragem.
Até que, ontem, comecei a renová-la.
Se quiserem ver o novo Layout, que eu, mui sem modéstia, achei lindo, passem por lá:

Minha Página Pessoal

Mas, especial mesmo, messssssssssmo, é uma música que toca na Poesia "Momento":

Momento


Espero que passem lá e escutem a música. Linda.
Ela é especial na minha vida. Muito especial.
Deus os abençoe.
Miriam

sexta-feira, setembro 28, 2007

Coração de pedra.

Seguidamente canto uma música que tem esta parte:
- "As vezes, no meu peito, bate um coração de pedra,
magoado, frio, sem vida, aqui dentro ele me aperta.
Não quer saber de amar,
nem sabe perdoar.
Quer tudo, mas não sabe partilhar..."
A continuação é linda, mas hoje eu fico apenas com esta parte.
As vezes nosso coração dói.. dói muito... vira pedra.
E acabamos por nos permitir que as lágrimas lavem nosso rosto. Mas, faz parte. Estas dores fazem parte da vida e do nosso crescimento.
E Maria, onde está?

domingo, setembro 16, 2007

Um olhar cruzou o meu.


Maria baixou a cabeça e seguiu a passo... Estava prestes a perceber o que não tinha intenção de tomar consciência.
Parou, subitamente... Olhou para trás e se viu a mesma boba de sempre. Aquela que confiava da mesma forma como se dava a confiar. Acreditara na verdade, contra todas as evidências. Acreditara na sua intuição, contra todas as claras manifestações de pessoas amigas, que tentavam lhe dizer que não podería ser verdade. Que estava apenas intuindo com seu coração, e não com a razão.
Estivera caminhando na frente de seu prédio... um pequeno jardim... (ou parque?) com bancos e canteiros... onde os moradores faziam suas reuniões de agradável estilo. Sentou-se... e olhou às flores que estavam começando a nascer. A primavera estava chegando. Poucos dias faltavam. E, agora, ela teria as flores ali, ao abrir as janelas. Lindas, perfumadas. Deixando a sensação de estar entre a natureza e as bençãos do Pai.
Não queria mais pensar em nada... e brincou com seus pés... balançou-os... colocou suas mãos sob suas pernas... seu interior era de uma criança - não crescera... e nem queria. Sua postura frente à vida, com sua sinceridade, verdade e confiança era o que lhe dava estímulo para viver.
O latido de sua mimosinha fez-se ouvir... convidava a sair para a rua. E Maria deixou-se levar até o portão de entrada. E saiu... caminhando, com os olhos fixos em nada... e em tudo. Caminhou... caminhou... caminhou... perdeu-se no tempo e o sol já estava se escondendo.
Voltou-se e fez o caminho contrário. Quando estava quase chegando ao Condomínio, uma brisa suave a tocou. Fechou os olhos, levantando ligeiramente a cabeça... uma sensação de plenitude a invadiu e, decerto, manifestou-se em em seu rosto. Sentia-se viva e queria esquecer as tristezas... quando... ao abrir os olhos o viu a se dirigir para a sua calçada... estava próximo e a olhava, com um sorriso. Quem era ele? Porque lhe dava aquela sensação de proximidade... olhos brilhantes... Aquele sorriso...
Maria seguiu seu caminho. E ele também. Quando entrou no seu prédio, ao pegar a chave, olhou para trás. E ele estava a entrar, também, no portão. Sorriu para Maria. E Maria sorriu para ele. Estavam tão próximos e, ao mesmo tempo, tão distantes...
Alguém a cumprimentou... outros moradores, também. E, o olhar foi se afastando e deixando de cruzar... seguiu para seu Bloco, sem olhar mais para trás. Mas, com certeza, ele havia cruzado seu caminho pela primeira vez. Estava ali... e estaría depois. Se esta fosse a vontade de Deus.
Sorriu mais uma vez. Embora seu coração estivesse apertado e triste, a primavera estava chegando... com suas flores, com seu perfume. Quem sabe, com uma nova presença?
Era aguardar... e sonhar.

by Miriam

domingo, setembro 02, 2007

Tarde de Domingo.


O sol está querendo se esconder...
Uma música suave inunda meu ambiente, fazendo-me levitar pelas notas e sons que , tão sublimamente, me levam ao encontro do infinito.
À minha volta, nada... apenas o vazio característico das casas vazias, das peças onde nos escondemos do presente, para esquecer o passado.
A alma está em paz, mas o corpo pede descanso. Um dia como outro qualquer, mas especial em sua essência, em seu significado. Um dia que podería ter outra importância, outras marcas.
Olho em direção à janela aberta... e me dá vontade de fechá-la. Ao longe, as nuvens acinzentadas mostram o dia que foi nublado e, aos poucos, mostrou os raios do sol a aquecer e secar as calçadas molhadas. Esta luminosidade especial, que é característica do retorno do sol após alguns dias chuvosos, me remete à esperança.
Pode faltar tudo na nossa vida... menos esperança.
A esperança da superação dos problemas.
A esperança do encontro do encontro....
A esperança do passar o passado...
A esperança do chegar o futuro esperado...
A esperança de, enfim, descansar do cansaço.
Hoje seria um dia... que foi... e passou... e está terminando...
Assim sempre... o amanhã também será...
E a vida segue... e a esperança persiste...
E a força para seguir, em JESUS eu encontro.
Sem ELE, eu não teria esperança... sem ELE não teria "amanhã"!


by Miriam, melancólica em seu final de Domingo.

quinta-feira, agosto 30, 2007

Nunca temas palavras grandes!

Nunca temas palavras grandes
Palavras longas e grandes significam coisas pequenas.
Todas as grandes coisas tem pequenos nomes
Assim como vida e morte, paz e guerra
Ou dia, noite, fé, amor, ler.

Aprende a usar palavras de uma grande maneira,
É difícil fazer isso
Mas elas dizem o que tu pensas.

Quando não souberes o que dizer
Usa palavras grandes...
elas, quase sempre, enganam pessoas pequenas.

Arthur Kudher a seu filho
(retirado do calendário do Sagrado Coração de Jesus)

by Miriam

domingo, agosto 26, 2007

... e sorriu...

Domingo. Lá fora a chuva não parava. Maria escutava uma música triste. Seu coração ainda estava umedecido pelas tristezas da vida, pelas dificuldades do seu dia, do seu trabalho, da sua emoção. A cada palavra que lhe vinha à mente, outra rebatia com força, em seu íntimo, impedindo que conseguisse ser completamente verdadeira nos seus insights; Nem ela mesma se permitia ver a verdade em seu coração... em sua vida. O período de tristeza que estava vivenciando ainda não passara. Mas passaría. Jesus sempre a estava amparando. - ...e se classificou psicológicamente, embora sabendo que isto não era verdadeiro.

(Riu-se...Será que todo humano poderá ser chamado de bipolar? Pois momentos de tristezas e alegrias se sucedem, fazendo com que tenhamos a certeza de que somos humanos. E que ainda estamos em busca...)

Maria arrumou uma mecha de cabelo que caía em seu rosto.. não conseguia pensar em mais nada... estava amorfa, sem sentimentos, sem bagagens, sem vontade de nada. Era uma Maria em meio a muitas outras... e estava sentindo que a última revelação que teve, em relação à pessoas amigas, a deixara inquieta e desalentada...
Pensou em um amigo que lhe enviara um e-mail dizendo que "pessoas assim como tu não existem". Respondeu, em pensamento: "Existem, sim, amigo... Mas eu ainda não encontrei"...
O que lhe dava forças era saber que, um dia, iría encontrar uma pessoa assim... Com um sentimento sincero, em uma relação transparente, sem mentiras e sem engôdos.
Mudou de posição, em sua cadeira de trabalho. Neste Domingo estava com seu trabalho parado, em razão da falta de material. E isto a preocupava. E, mesmo que não quisesse, fez correlação com seu coração... que também estava parado por falta de material....
Já as suas experiências negativas em relação à amizade, à verdade, à vida, estavam atulhadas de materiais, vindos de todos os lugares, de todas as partes... dentre flores e paisagens, musicas e silêncio, verdades e omissões destas...
Seu mundo começava a se fechar... começara a escolher por onde andar, com quem andar, como falar... não queria mais nada que a colocasse em risco. Estava numa fase onde se escondia na carcaça para não ter que olhar para o perigo, não ter que olhar para frente.
Pensou... pensou...
... a música terminara.
E ela daria um tempo maior para seu descanso.
A noite lhe seria um alento... esquecería os problemas, por algum tempo.
... e saiu...
... e sorriu...
... e dormiu.



by Miriam

quarta-feira, agosto 22, 2007

Não posso mais...

Seu corpo doía. Suas costas... pescoço... Parecia que tinha levado um tombo, ou que uma surra apanhara. Maria tinha vontade de chorar... estava cansada demais.
Não podia reclamar. Graças a Deus tinha trabalho. Graças a Deus podia se dar ao luxo de dizer que não tinha tempo. Não reclamaría por isto. Mas que estava cansada demais, ah isto estava...
A noite estava fria, mas não tanto. O dia estivera nublado, feio. Enfim o frio dera uma trégua.
Maria olhou para o teclado do PC e viu, nele, seu companheiro inseparável... Lembrou que sempre que saía à rua, uma certa melancolia a invadia. Talvez se escondesse no excesso de trabalho, para não pensar na vida. E era a única alternativa.
Estava se sentindo triste, nos últimos dias. Não queria ficar assim e sabia que passaría este período de tristeza... talvez o cansaço fosse o maior culpado por isto. Mas, mesmo assim, aquela incômoda sensação de que algo estava faltando... havia uma brecha, uma falha... não sabia o que era, exatamente. Mas sentia... e como!
A hora de descansar se aproximava e Maria decidiu que estava pronta para deixar seu trabalho e suas coisas... Apagaría a luz do escritório, viraría as costas e se dirigiría ao descanso. Mas... , mesmo que não quisesse, sua cabeça continuaría a trabalhar. Faría álbuns, usaría seu FTP para tentar transferir arquivos (lembrou que estava com um enorme problema de acesso à servidores internacionais)... quase perdería a paciência a esperar que fossem enviados os arquivos, etc... etc...
E, assim, era a sua vida. Somente assim. Mais nada. Mais nada...

by Miriam, exausta no final do seu dia...

sábado, agosto 04, 2007

Obrigada!

Maria estava cansada. Seu trabalho lhe exigia mais do que podia dar. Mas não tinha alternativa. Ou trabalhava ou não vivia...
Sexta-feira à noite. O dia havia sido chuvoso... Novamente a "inverneira" tomara conta do dia. Um inverno rigoroso como desde miúda ela não via. Pensou que sempre procurava pensar em si, e na vida, durante estes dias... talvez eles à conduzissem a uma melancolia, a qual era responsável pela inspiração ao insight.
Sorriu. Lembrou de um presente que recebera no dia anterior. Estes momentos eram especiais. Em momentos especiais, a pessoa especial a presenteava. E este fora mais do que especial. Falava de vida, de verdade, de experiências vivídas. Uma amizade querida e especial que lhe dera todas estas prendas em uma só imagem.
Esta imagem foi bem recebida. Com carinho e atenção. Às vezes a intenção ao oferecer não é igualmente sentida por quem recebe. E este não foi o caso. Maria sorriu novamente. A imagem voltou à sua mente.
... Realmente era especial.
Maria voltou novamente a sentir dor nas costas... o sono já estava a tomar conta. Um bocejo... a música calma e linda que escutava pelo rádio da internet. Estava na hora de se permitir mais uma noite de descanso. Porque não existia finais de semana para si. Trabalhava sempre... não podia parar...
Começou a imaginar-se em férias... quando poderia? Esta era mais uma das muitas incógnitas que estava habituada a viver. Pois sua vida era uma incógnita.
Balançou a cabeça... seus pensamentos já estavam sonhando...
Mais um sorriso...
Era hora. Hora de desligar o PC.
Como a vida muda!!! Como os tempos mudam!!! Como o que parece inatingível chega na hora certa!
Deu "Boa Noite" para as músicas... para sua Área de Trabalho onde o fundo é uma imagem de Jesus e um dizer que explica todo o porquê da nossa vida. E resolveu agir, antes que o sonho dos seus pensamentos se expandisse para seu corpo.
E se foi...


by Miriam, agradecida pela prenda.

quinta-feira, julho 19, 2007

Insônia

Imagem tirada da net -(insonia de jfmarq)

Olho ao lado e percebo a luminosidade da rua por entre os quadradinhos da persiana... Eis uma coisa que me deixa calma e descansada: ver, na penumbra, pequenas frestinhas de luz que teimam em entrar pela janela. Sinto-me segura... acalma meu coração. Sinto-me viva.
A noite já vai avançada e eu estou a rolar pela cama. Meus lençóis estão enrugados. Meu travesseiro acompanha a mesma situação, surfando nas ondas formadas pelos meus movimentos intermitentes, virando de um lado para o outro. Dói-me a cabeça... sinto um mal estar... percebo que o pobrito está tão amassado que se tornou endurecido... resta-me dar um sorriso e arrumá-lo...
Ponho-me a pensar... minhas mudanças de hábito, meu trabalho, minha vida... Flutuo nas nuvens do abandono, permitindo-me sonhar com um futuro promissor, onde todas as minhas fantasías se concretizam. Ando pelos campos, de mãos dadas com algum amor, sento-me ao seu lado para discorrer sobre os acontecimentos diários, escuto suas palavras a me orientar nas dificuldades que uma mulher sente ao estar sozinha a educar um filho adolescente. Permito-me a felicidade que virá... Deixo-me vaguear pelos lugares andarilhos, aqueles onde o pobre insone sempre anda, a contar ovelhinhas para entregar-se ao descanso. Sonho com cachoeiras no verão e uma lareira no inverno... Junto a família em uma festa agradável... resolvo todos os problemas de uma só vez. Termino o layout que tinha de terminar mas encontrei dificuldades... Vou ao médico pedir um remédio para a dor.... faço exames na semana que vem...
E, assim, vou cumprindo todas as minhas tarefas, para que possa me sentir completamente realizada... mas o sono não vem.
Olho novamente para os raios da lua cheia, que entram e se infiltram no quarto, mostrando cada detalhe dos moveis e sua localização... E, sem notar, começo a cantar uma melodia...
Ela surgiu na minha cabeça... e, aos poucos, ela vai tomando forma e sendo balbuciada, murmurada... em minha mente, instrumentos começam a harmonia... cada um em seu tempo... no seu tom, em seu espaço. Junto à eles a minha voz interior... e outras vozes, que se complementam. Um back vocal, perfeito, une-se a tudo e o coral está formado. Mas suave, como o momento exige...
Meus olhos vão fechando. Pausadamente. Nem dou-me conta...
A canção continua... o sono aponta na porta do quarto e diz que quer entrar... Mal me apercebo que ele se aproximou e está tomando conta de mim. Meu corpo sente o relaxamento que a melodia impôs. Meus braços, minhas pernas... nem me lembro do lençol que está amassado...
Não sinto mais dor. A melodia continua, sempre suave e calma... e eu a cantar...
e eu a cantar...
e eu a...
e eu ...
e...
...

by Miriam, em texto... não mais poesia.

Insônia

À espera do amanhecer
deito minha cabeça ao léu
e flutuo nas nuvens do abandono.

Discorro traçados de vida
e mudanças de hábito.
Fecho cadeias e abro horizontes.

Meus sonhos lançam-se
às amarras da plenitude
e esvoaçam por entre as horas

Mudo de posição...
viro-me..
quero dormir...

Uma melodia suave
invade meus pensamentos...
quedo-me a balbuciá-la...

Murmurando, em calma,
cerro meus olhos, lentamente...
o descanso esperado chegou.

by Miriam, descansado do trabalho e da dor de cabeça.

quarta-feira, julho 11, 2007

Uma poesia a duas mãos

Ontem foi publicada no Madrugada, Blog do meu amigo Luis Mendes, uma poesia que fizemos juntos.
Luis, mui delicadamente e com a gentileza que lhe é peculiar, convidou-me a fazer uma poesia juntos. Eu, embora tenha dito e saiba que não tenho inspiração para poemas, aceitei o desafio. Fizemos uma primeira, que publicarei mais tarde, e depois esta segunda. Mas a minha contribuição foi muito modesta. Apenas duas estrofes. Deixo os méritos da poesia para meu amigo.
Grata, Luis. Obrigada por, na tua desinteressada amizade, me considerares capaz de te fazer par em uma criação, com a qual inauguraste uma nova etapa do teu Blog.
Eis, aqui, a poesia:


O RECANTO

A noite é a minha frágil presença.
No meu peito reside a dor;
aquando as minhas mãos vazias
se fecham.

Uma cálida melodia
envolta em penumbra e arte
enlouquece minha mente
na lembrança do que já foi.

E nada me impede
que nesta lúcida
resistência,
eu perpetue a minha voz
enaltecendo dúbias madrugadas.

Mas hoje, na noite infinda
onde rumo pelos prados da insónia,
busco o teu corpo entre os lençois,
e sufoco um grito de paixão.

Pois tudo mudou nos recantos
das brisas que não trazem a incálculavel
presença do conceito de amor.

Devolve- me por inteiro
a esperança de te amar
sem dor.

Quero viver
as minhas noites
no recanto...

do amor.


by Miriam

domingo, julho 08, 2007

Mais um dia de Maria

Já passava da meia-noite. Maria estava cansada. Embora não tivesse trabalhado, após às 6 horas da tarde, estava estudando. Suas aulas estavam atrasadas. Como muitas outras coisas... Pois não conseguia tomar a devida conta de tudo. Mas, aos poucos, faria seu dever.
A chuva lá fora caia sem descanso. O Inverno era implacável nestes dias nos quais preferimos ficar quietos em casa.
Estava na hora de apagar o PC e descansar. Ainda estava a escutar suas músicas. Elas lhe acalmavam.
Maria olhou para o lado. Sua cachorrinha já brincava... estivera com uma imensa dor de ouvido. Medicada, tomara conta do colo de Maria até se sentir mais forte e sem dor. Agora, com sua saúde melhorada, estava a correr pela casa.
Assim somos nós... Quantas e quantas vezes pensamos que não vamos aguentar de tanta dor. Quantas vezes somos obrigados a nos escondermos do tempo, da chuva, do inverno, porque nossa dor parece não ter fim? Quantas vezes nos sentimos incapacitados a seguir, tomando o momento por uma insuperável barreira? E, com o remédio na mão, Deus nos mostra que ELE pode mudar a dor em alegria. A barreira em estrada plana. A chuva em um belo dia de sol.
Maria já sofrera muitas "dores de ouvido" e seu Deus aplacara a dor com o remédio certo, na hora certa. Só fora preciso confiar. E se entregar.
Por isto que Maria sempre se viu feliz, embora tantas tribulações. Porque, as tristezas, sabia-as momentâneas e superadas, mesmo sem a noção do tempo exato da cura.
...Estavam começando novos raios e trovões.
Era tempo de desligar o PC.
Era tempo de adormecer.
Maria assim fez. Amanhã seria mais um dia de trabalho e estudo. Amanhã seria mais um dia feliz.

by Miriam - (está na hora).

quarta-feira, julho 04, 2007

Desculpem-me a ausência

Hoje me dei um tempo.. pouco. Uns 15 a 20 minutos de descanso, para poder entrar aqui e falar com meus amigos , que tão gentilmente me visitam e deixam comentários.
Nestas últimas semanas meu trabalho aumentou - com a graça de Deus - e estou completamente sem tempo para visitar os Blogs e retribuir as palavras tão amáveis que me deixam.
É do conhecimento de todos o tempo que gastamos quando pulamos de janela em janela, de Blog em Blog, a ler maravilhas (porque em todos que eu visito só vejo posts magníficos). Gostamos. Paramos. Analisamos. Relemos... Nos colocamos em concentração e fazemos uma análise do que lemos. Esta análise se baseia em imagens, palavras... silêncio... espaços em branco... espaços preenchidos. Só assim conseguimos fazer um comentário que seja adequado ao post que estamos lendo no momento. E, sim, isto leva tempo.
Um minuto que deixo de trabalhar estou perdendo dinheiro. Não posso me dar o prazer de viajar com vocês. E jamais murmuraría contra isto. Porque trabalho é uma benção de Deus.
Peço, então, que vocês me entendam. Entendam que eu não os visito, mas estou com saudades. Não comento, mas as palavras que digo para todos estão borbulhando, querendo sair e se postar nos comentários dos posts feitos a cada dia. Não viajo pelas janelas, mas meus olhos sonham em estar em cada cantinho onde eu os encontro. Porque a saudade é imensa.
Prometo que assim que puder estarei com vocês. Deixando minha amizade, meu amor, meu carinho. Porque é assim que me sinto em relação a todos.
Deus os abençoe.
Beijos
Miriam

by Miriam, num intervalo. Saudades.

quarta-feira, junho 27, 2007

Um selo que me deixou feliz.

Fui agraciada com este selo, pela Alexandra , do Blog A Kind of Magic.
Agradeço a nomeação. E deixo aqui o selo.

Os meus escolhidos são:

1 - A Kind of Magic II -
2 - Alem do Horizonte -
3 - O desabrochar de uma simples Flor -
4 - Humores -
5 - De proposito-
6 - Red Grine & Blue -
7 - Girassol -

Eu teria muitos outros a nomear. Mas, de alguma forma, o número de escolhas limita nossa mente. Assim, posso afirmar que eu nomaría todos os Blogs por onde ando. Pois eles me dão prazer ao participar da leitura de seus posts. Parabéns a todos.

O regulamento das "7 maravilhas da blogosfera" é:
1. Podem participar na votação todos os bloggers que mantenham blogues activos há mais de um mês [os outros esperem por outra ideia brilhante que alguém irá ter].
2. Cada blogger deverá referenciar sete nomes de blogs. A cada menção corresponde um 1 voto.
3. Cada blogger só poderá votar uma vez, e deverá publicar as suas menções no seu blog [da forma que melhor lhe aprouver], enviando-as posteriormente para o seguinte e-mail: 7.maravilhas.blogoesfera@gmail.com. No e-mail, para além da escolha, deverão indicar o link para o post onde efectuaram as nomeações. A data limite para a publicação e envio das votações é dia: 01/07/2007.4. De forma a reduzir alguns constrangimentos [e desplantes], e evitar algumas cortesias desnecessárias, também são considerados votos nulos:
- Os votos dos blogger(s) em si próprio(s) ou no(s) blogue(s) em que participa(m);
- Os votos no blog O Sentido das Coisas.
No dia 7.7.2007 serão anunciados os vencedores e disponibilizadas todas as votações.
Regulamento e iniciativa do blog O Sentido das Coisas.

Obrigada.
Miriam

sexta-feira, junho 22, 2007

Sem tempo

Caros amigos.
Estou sem tempo para fazer posts e saudosa.
Deixem um "alô".
Deus os abençoe, abundantemente.

by Miriam, roubando dois minutos do trabalho.

quinta-feira, junho 14, 2007

Quer um cafezinho?

A chuva fina batia nas janelas, com a força do vento. O dia escuro anunciava o temporal que estava se formando.
Maria olhou ao redor para ver se podería diminuir o frio que estava sentindo. A posição de trabalho, na qual permanecia sempre sentada, congelava seus pés.
Juntou as mãos, numa tentativa de aquecê-las. Pouco adiantou... Decidiu, então, pegar a estufa e ligá-la.
Dirigiu-se para a outra peça e, no meio do caminho, resolveu fazer um cafezinho. Quentinho... daqueles que nos reanimam quando o frio parece que não vai dar tréguas.
Entrou na cozinha. Calmamente, encheu a chaleira e colocou no fogo. Enquanto esperava resolveu agradecer a Deus pelas imensas graças que estava recebendo. Curas, libertações, bençãos das mais variadas. Maria se considerava feliz. Mesmo com seus problemas diários... poucas coisas... nada que a abalasse muito. Algumas tristezas, algumas lágrimas de preocupação... coisas normais, de uma pessoa normal.
Colocou o café até a metade da xícara. Juntou as mãos, com a xícara quente entre elas... coisa boa!!!! Que momento agradável. Que sensação de plenitude e paz.
A vida é simples. Coisas simples nos alegram, nos fazem sentir a sua beleza. Se olharmos para a natureza, de uma forma isolada, o dia de hoje de Maria sería um dia triste... nublado.. escuro. Mas, se olharmos a natureza de uma forma total, veremos que este hoje é o complemento do ontem e do amanhã. Que as flores da primavera se complementam com as folhas amareladas do outono... o frio do inverno se complementa com o calor escaldante do verão...
Assim é nossa vida... devemos percebê-la como um todo. As tristezas do ontem fazem com que possamos sentir, intensamente, a alegria e a paz do hoje.
Maria olhou novamente para a rua, por entre as aberturas da janela da cozinha... a chuva, lá fora, continuava. Era um chuvisco fininho... tocado a vento. No seu vocabulário de cultura gaúcha chama-se "inverneira". O calor do café estava se espalhando pelo corpo. Estava ficando mais atenta... e era hora de voltar ao trabalho.
Largou a xícara sobre a bancada da pia. Voltou-se e saiu a passos...
Assim é a vida... assim é a felicidade.
Simples.

by Miriam, numa tarde de outono

quarta-feira, junho 13, 2007

Uma viagem

Estava cansada... precisava descansar.
E o feriadão era a oportunidade ideal para isto. Viajaría... tomara esta decisão.
Maria pensou que uns dias ao lado de seus filhos e sua mãe a deixariam em forma. E assim fez.
A paisagem era a mesma... as árvores a cumprimentavam com alegria, os habitantes do campo, tantas e tantas vezes percorrido, a olhavam e chegavam perto, como a dizer que estavam com saudades...
Maria pensou... porque a vida seguia rumos tão distintos dos nossos sonhos, das nossas vontades?
Ali, naquele cantinho, cada janela mostrava uma paisagem que gritava as verdades vividas no passado...
Não ficara na casa da sua mãe, nem da que fora sua... Ficara na casa da sua filha que, com tanto carinho, a acolhera. Que maravilhosos momentos vividos à três. Maria e seus filhos... Filmes assistidos, risadas sinceras, amor verdadeiro distribuido em sorrisos e atitudes de compreensão e calor humano.
Mas tudo passa... e o feriado também termina. E Maria voltou...
Seu trabalho estava atrasado... sua casa fechada pedia a luz do sol. Embora esta necessidade, três dias após seu retorno ainda não apareciam os raios de luz... apenas neblina e chuva.
Maria precisava trabalhar... e logo que chegou assim fez. Arrumando casa, malas, vendo e-mails atrasados, etc. Uma vida comum... atividades comuns... uma pessoa comum.
Sonhava, agora, por outro feriado, por outros dias de tão maravilhosos encontros. Sabia ser necessário esperar. E esperava... com sorrisos e surpresas variadas.

Obrigada pela rosa enviada no dia especial. Talvez eu não seja a pessoa certa (ou a pessoa que gostarías), para poder retribuir da forma que mereces. Estarei aqui, a esperar mais rosas, mais surpresas. Quando quiseres. Quando puderes.


by Miriam, numa explanação simples de uma vida simples.

terça-feira, junho 05, 2007

O descanso de Maria

Sentou-se, após o almoço, a tomar seu cafezinho. Era um momento de raro prazer. Um ritual que se repetia à cada dia. No verão, para despertar, em virtude da "moleza" que o calor provoca. No inverno, o calor da xícara, entre as mãos, aconchegava e permitia uma agradável sensação de proteção contra o rigor do clima.
Lentamente, numa quase sonolência, se permitiu encostar a cabeça e fechar seus olhos. E lembrou de seus amigos blogueiros.. sorriu. Eram especiais.
Maria, em seus raros momentos de descontração e descanso, perambulava pelos mundos, pulava horizontes, chegava em lugares que queria e/ou lhe chegavam ao acaso... E , num destes lugares, viu respostas para cada um de seus posts, e outros posts, em forma de poesias. Viu poetas que, embora séculos atrás, haviam vivenciado os mesmos fatos. E percebeu a razão. O Homem, em sua essência, é igual. Sofre as mesmas dores, vive os mesmos sentimentos.
Num gesto de compreensão, porque nada acontece na nossa vida ao acaso, e porque todo sentimento fica de uma forma ou de outra, entendeu que era preciso esperar. Esperar para que a poesia falasse toda a verdade da vida... esperar para que o texto demonstrasse fatos acontecidos e fatos que ainda estão por acontecer...
Muitos amigos foram conquistados. Muitas pessoas olharam em seus olhos... muitos meses se passaram... E, por tantos "muitos", a certeza de que está perto do encontro... aquele encontro que faz superar tudo que passou... de forma que fique na lembrança apenas os fatos agradáveis. De forma que novos caminhos, novos horizontes, mãos nunca tocadas, nunca vislumbradas, neste tempo passado, estarão carregando rosas para lhe entregar. E que o perfume que exalarão, inundará vidas e tempo, na completa manifestação do amor.

by Miriam, numa tarde fria de outono, com o sol a aquecer seu coração.

domingo, junho 03, 2007

Rosas Vermelhas


Foto recebida por e-mail

Era dia dos namorados...

Rose olhava melancólica para o vaso em que costumava colocar as rosas vermelhas que chegavam todos os anos, naquela data especial. Rosas vermelhas eram as suas favoritas e todo ano seu marido as enviava, atadas com lindos enfeites.

Rose foi retirada de seus pensamentos pelo som da campainha. Atendeu a porta e lá estava o buquê de rosas vermelhas...

Com os olhos marejados de lágrimas, ela leu o cartão que dizia, como nos anos anteriores: "Seja minha namorada".

Cada ano ele enviava rosas e o cartão sempre dizia: "eu te amo mais este ano do que no ano passado. Meu amor por você sempre aumentará com o passar dos anos."

Ela sabia que aquela seria a última vez que as rosas apareceriam, pois seu marido já havia morrido há quase um ano.

Rose pensava: "ele encomendou as rosas com antecedencia". Seu amado marido não sabia que não estaria mais ali naquele dia...

Ele sempre gostou de preparar as coisas com antecedência, pois se estivesse muito ocupado tudo funcionaria perfeitamente.

Ela ajeitou as flores e colocou-as no vaso especial.

E depois, colocou o vaso ao lado da foto sorridente do esposo querido. Sentou-se, por horas, na cadeira favorita dele enquanto olhava para sua fotografia e admirava as rosas que ele lhe enviara.

Mais um ano se passou e tinha sido difícil viver sem seu companheiro.

Era dia dos namorados outra vez e então, na mesma hora de sempre, como no dia dos namorados anteriores a campainha tocou e lá estavam as rosa, esperando em sua porta.

Rose levou-as para dentro e as olhou chocada. Então, foi ao telefone e ligou para a floricultura. O dono atendeu e ela perguntou-lhe se poderia explicar porque alguém faria isso com ela, causando tanta dor?

"Eu sei que seu marido faleceu a mais de um ano, disse o dono. Eu sabia que a senhora ligaria para saber."

Pois bem, as flores que recebeu hoje, foram pagas adiantadas. Seu marido sempre planejou adiante, não deixava nada imprevisto.

Existe um pedido que eu tenho arquivado e que ele pagou adiantado. A senhora vai receber as rosas vermelhas todos os anos, até que a sua porta não mais atenda. Essa foi a recomendação do seu marido.

Rose sentiu-se reanimada. Agora olhava as flores e pensava nos últimos momentos felizes que passara com aquele homem singular, que não deixara de ser gentil e carinhoso, mesmo depois de não estar mais fisicamente ao seu lado.

.............................................

Se por acaso o céu dos seus sorrisos está com as estrelas da alegria apagadas pela saudade daqueles que se foram, ofereça-lhes, você, as rosas da gratidão pelos momentos felizes que o ser querido lhe permitiu viver.

Não deixe que as lágrimas lhe impeçam de ver as estrelas da esperança de um novo encontro, num amanhã feliz que não tarda a chegar.

Conserve a certeza de que o amor é eterno tanto quanto a vida, e jamais se perde.

Lembre-se que Jesus foi o grande propagador da imortalidade, pois atravessou o túmulo e voltou, exuberante, legando à humanidade a prova de que a vida é indestrutível, tanto quanto o amor.


mensagem recebida por e-mail - "Momento de Reflexão"

O amor é eterno e jamais se perde... pode mudar de objeto, mas não de intensidade. E nossas rosas estão nas mãos de Jesus, que as enviará quando for o momento certo, com a pessoa certa.
by Miriam


sexta-feira, junho 01, 2007

I need more!

Naquele dia em que eu fui eu, e não Maria, recebi a mensagem. Entendi, creio, parte do recado, que se confirmou no meu ontem. Porque, quando menos esperamos, estamos sujeitos à surpresas...
Naquele dia em que sentia a vida como caos, o caos do tudo... percebi a presença.
Hoje posso dizer que ainda é tempo... que sempre vai ser tempo. E que o silêncio pode ser espera... e que o falar não depende só de mim.
Estarei sempre pronta para o AMOR. Estarei sempre vivenciando o AMOR. Porque somente ele pode me dar forças para seguir adiante.
Deixo, aqui, a letra de uma música que, sinceramente, nunca foi do meu maior agrado - a melodia. Mas que a letra é de uma profundidade que nos leva a pensar...
Agradeço a um amigo que me enviou um e-mail que tinha esta música. Eu tive a curiosidade de pegar a letra e traduzí-la... lembrando meus tempos de menina, quando meu Inglês era fluente.


What can I say
there's an empty where your love
filled my life and I know.
That a part of you will always be a part of me.

One summernight
and the sky is full of wishes
that won't arrive.
How can I be in a world without your eyes
to look at me.

No more Boleroes
No more nights to dance the dance of love
Only lonely hearts
no more Boleroes
I hear the song
and your arms always make me feel so warm
now you're gone I'll be dancing on alone.

No more Boleroes
No more nights to dance the dance of love.
Only lonely hearts
no more Boleroes.


by Miriam, com vontade de dançar.

sábado, maio 26, 2007

Banco de Jardim - o Paraíso.



Maria caminhara muito... Ainda era madrugada, quando saíra para a vida... As estradas lhe pareciam infindáveis. O caminho era de uma beleza impar, mas seus pés estavam cansados.
O cansaço tomara conta de seu corpo e seus sonhos lhe pareciam impraticáveis. Sua persistência em seguir a caminhada, em lutar, tinham, em contrapartida, um efeito desastroso na sua vida. As vezes cansava. Cansava demais.
Lembrou que nunca havia descansado, nadica de tempo, de suas responsabilidades de mãe e responsável pela família. Nunca pode dividir as preocupações... com doença, casa, andamento de tudo... e sua caminhada era dura e áspera, neste tempo todo de vida e caminho, entre estradas e pedregulhos.
Olhou as árvores que a rodeavam... coloridas... mas a estrada estava negra. Sinal de solo fértil. Mas, em sua mente, sinal de dor e exaustão. Porque não podia sentar ali... havia umidade... havia terra preta, que mancha. E ela queria descansar...
A suave brisa, que corria por entre as árvores, brincava com Maria... dizia seu nome, imitava os passarinhos, carregava o cheiro da terra molhada pelo orvalho. Balançava seu cabelo, levando-os aos olhos... como que para mostrar que ela não podería ver aquela paisagem assim. Pois, naquele bosque, a estrada tinha que demonstrar sua fertilidade, que o caminho tinha que ter pedras e curvas... e que, em todo caminho, lá estava ele a acompanhar e a brincar com Maria...
Sorriu...
E a brisa, novamente, em uma golfada, levou seu cabelo aos olhos... e Maria sentiu... percebeu que tinha que olhar para dentro de si. E que ali dentro a paisagem era igualmente linda. Ali havia esperança, que controlava a fraqueza. Havia garra, que controlava a solidão. E havia um coração, que a impulsionava a amar. Amar a vida... Amar a cada dia.. a cada estrada... a cada lágrima derramada, a cada exaustão, a cada fraqueza... porque, sem elas, não seria vida.
Afastou a mecha de cabelo de seu rosto... aquele gesto era significativo.
Embora alguns fios ainda teimassem em se esticar pelo rosto, tentando alcançar a outra face, ela conseguiu vislumbrar a paisagem que se descortinava atrás da curva...
Cada um a vê de um modo diferente... Mas, para ela, naqueles dias de fraqueza, era uma paisagem a ser descoberta, ainda... e os primeiros sinais lhe indicavam que seria um belo horizonte.
Ainda fraca, ainda querendo "só descansar", seguiu em frente... A brisa lhe avisava que ali... logo ali.... faltava muito pouco... havia um banco. Um banco de jardim! Um paraíso.

by Miriam, na espera do encontro do "banco de jardim".

segunda-feira, maio 21, 2007

Só...


Só.
Sem forças...
Sem vontade...
Sem ânimo.

Quero:
- descansar!

Só.
Ausência...
Abandono...
Lágrimas....

Quero:
- descansar!

Só.
Peso...
Responsabilidade...
Vazio...

Quero:
- descansar!

Só.
Pedra.
Dor que mata.
Dor...


Quero:
- descansar!
             Só.

sábado, maio 19, 2007

Nada

Nada...
Nada...
Nada...

O caos do tudo...
O caos da vida...
O caos...

Escuro...
Triste...
Sombrio demais...

Cansaço...
Exaustão...
Desespero...

Fim...
O que acaba...
O que não existe...

Cansaço...
Exaustão...
Desespero...

Escuro...
Triste...
Sombrio demais...

O caos do tudo...
O caos da vida...
O caos...

Nada...
Nada...
Nada...

by ... (?)

sexta-feira, maio 11, 2007

Hoje não é Maria... hoje eu mesma falo contigo.

Há muito tempo atrás, quando comecei a escrever aqui no Blogspot, no meu Blog cujo nome é Tratos e Poesias, eu estava ligada a ti. Por um imenso amor...
A dor me acompanhava. Havia perdido tua atenção, as tuas palavras - por vezes em telefonemas, por vezes no MSN, por vezes escritas em e-mails. Fazias parte do meu mundo, da minha vida, do meu coração. E isto havia acabado de uma forma brusca, sem me dar tempo de acostumar com a idéia de perda.
Esta música que toca, especial para mim, mostrava toda a minha tristeza, e todo o grito da minha alma, ante tão inesperado fim. Um fim que havia chegado quando eu pensava no grande início... quando eu pensava em ter tuas mãos tocando nas minhas. Teu corpo, enfim, aquecendo meu corpo. O encontro sonhado... olhos nos olhos... e a concretização do que sempre esperávamos, conforme assim pensava.

Escuta a música... escuta como o grito vai, aos poucos se desvanescendo... e acaba... e a música começa, novamente com calma... a tocar... até que, num "gran finale" a suavidade se faz presente... Sim...porque nada mais há a fazer... e termina.

Assim foi meu amor... assim se mostrou todo o sentimento que te dediquei. Depois do grande grito, o "gran finale"... em tudo, igual à música. Este grande grito foi dado aqui, neste Blog. Este grande grito me rasgou o peito e me fez chorar, convulsivamente... como a música... Defini-o como um momento "enlouquecidamente triste!"
... e adormeci... e acordei... Meus olhos estavam inchados demais... meu rosto estava deformado. Olhei-me no espelho e vi que havia acabado. Não eu... não o que acontecera... mas o sentimento!
Hoje, caminhando na rua, com o vento frio a tocar-me o rosto, tentei entender o que havia mudado em mim. Mas não consegui... simplesmente havia te esquecido. Não esqueci a tua pessoa. Claro que não. Não esquecemos o passado, nem as pessoas que foram, de alguma forma, importantes para nós. Mas, havia mudado o sentimento... meu amor acabara. Simplesmente, acabara.

Coloquei esta música aqui, porque minha querida amiga, MJ me falou dela... e fui escutá-la. Lembrei que fora a primeira música do meu primeiro Blog... lembrei o passado. E resolvi te dizer adeus.
Sei que não vais ler este post. Sei que nunca vais tomar conhecimento dele. Mas, aqui está. O fim de um amor, regado a uma suave melodia tocada por um belíssimo piano.
Acabei de sorrir... não tenho mais nenhuma dor. Ainda estou sorrindo... A vitória predita aconteceu. A oração foi ouvida. E a graça foi dada.
Agradeço a Deus por teres passado pela minha vida e me ajudado tanto. E porque, hoje, estou livre da dor da perda. Afinal, nem penso como perda.... mas, sim, como VIDA.


by Miriam, agradecendo a Deus pela graça recebida, por meio da oração.

terça-feira, maio 08, 2007

Maria sou eu... ou eu sou Maria?

Hoje vou comentar sobre as histórias de Maria.
Estive lendo algumas delas. E percebi que Maria supera, sempre, seus sofrimentos. Deixa-nos, aqui, apenas as suas tristezas, porque é onde pode liberar todas as lágrimas que chora e que não pode liberar na sua vida do dia a dia.
Um dia, sei, Maria vai chegar aqui no Blog e deixar um grande e feliz post. Porque estará vivendo outro grande amor. Acredito nisto.
Maria é o tipo de pessoa que retrata todos aqueles que perderam um grande amor. Nela estão todas as dores e todas as reflexões que uma perda pode gerar em alguém.
Maria sou eu... ou eu sou Maria? Esta é a pergunta que peço que todos se façam... O que vocês tem de Maria?
Um dia, num livro maravilhoso, eu li uma frase que transcrevo abaixo:
"Ter fé é crer contra a esperança!"
Esta frase tem me acompanhado desde lá. Porque nunca li alguma coisa tão maravilhosa como isto... numa simples frase.
Crer contra a esperança... eis que Maria supera todos seus problemas e traumas porque "Crê contra a esperança". Embora, humanamente falando, ela não tenha condições de superar seus sofrimentos, ou alcançar seu grande amor (um novo, quem sabe?), Maria, espiritualmente falando, sabe que vai alcançar o que de melhor existe para si. E que, embora as evidências todas dirijam para um total fracasso de vida amorosa, ela sabe que , crendo contra estas evidências, ela chegará à vitória.
Maria é fraca... mas na fé se torna forte e invencível. Maria chora... e é nesta fraqueza que ela galga horizontes e torna-se vencedora. Porque nesta fraqueza ela deixa o Criador agir.
As histórias de Maria, talvez continuem... talvez não. Eis que eu não sei prever. Mas o que posso anteceder, é que Maria venceu... e se tornou "mais que vencedora", no Nome Daquele que a amou e ama.
Gosto demais destes posts. Eles me levam a um horizonte desconhecido, mas real. Inconsciente, mas atuante. Forte, mas que transmitem uma enorme sensibilidade. Particular, mas, indubitavelmente, coletivo.
Gosto de Maria... gostei de escrever falando em Maria...
Quem sabe, no final de todos estes posts, tenhamos um livro sobre as "Histórias de Maria". Um livro que mostrará em palavras, aos que amam sem serem correspondidos, toda a dor de sentir-se uma "Maria". E toda a grandeza da vitória de quem "crê contra a esperança!".

by Miriam, falando um pouco sobre Maria.

sábado, maio 05, 2007

Um sábado de Maria

Resolvera ficar sem fazer nada. Queria descansar. Andava cansada demais. Trabalhava demais. Uma lástima que não ganhava da mesma forma. Mas isto é evidente no país onde mora.
Embora trabalhando demais, sobrou um tempinho para pensar... e pensar...
Chegou à conclusão de que estava superando seu sofrimento. Por mais que ainda lembrasse dele, não era mais a mesma coisa. Havia se dado conta, porque passara por uma situação muito difícil naquela semana... e chorara a falta do seu amor, que tanta força sempre lhe dera... mas não era mais com a mesma intensidade...
Seu sentimento estava se diluindo nas dores da ausência. Seu amor estava flutuando sobre o tempo, que não lhe dera nenhuma resposta. E se afastava com a brisa da desilusão. Calmamente... sem, sequer, notar a distância que estava tomando...
Baixando a cabeça, deixa a derradeira lágrima cair... a lágrima por ter perdido o sentimento... não mais o grande amor de sua vida, não mais a pessoa. Lamentava, profundamente, a perda de um amor tão intenso, que não pudera dedicar... que não conseguira entregar. Lamentava por não sentir mais... tão forte... Lamentava pela aridez que seu coração tomara neste ano todo...
Sim. Em maio... em maio de 2006 perdera seu amor.
Há um ano.... aniversário de um ano de perda... um ano de lágrimas e de incompreensão dos fatos, que até hoje ainda não entendera... ainda não conseguira as respostas.
Mas... como sempre diz... tudo na vida passa. E o sentimento intenso, forte, profundo... que completava seu íntimo, estava se esvaindo no tempo e no espaço. Deixando-a seca e sem esperança de viver outro sentimento assim. Acabara. Fim. E pronto.
Olhou para cima... e viu estrelas no céu, pela vidraça. A chuva que caira torrencialmente todo o dia estava se afastando. E, no céu, começava a aparecer o brilho da lua.
Maria sabia que tinha que continuar a viver... e que continuaría. Mas também sabia que não amaria mais da mesma forma...
Diria mais uma vez o nome dele... Gritaría com o coração as cinco letras... Quem sabe, pela última vez, ele escutasse este grito do coração e impedisse o fim do amor...
Mas ... riu-se do pensamento... Sabia que este fim era o seu desejo há mais de um ano. E que a sua derrota era a vitória que ele sempre sonhara alcançar.

by Miriam, num sábado à noite. Mas numa Noite de Outuno.


quarta-feira, abril 25, 2007

Enlouquecidamente triste...



Maria chorava muito... mas muito. Nada a consolava. Nada. Sua dor não tinha cura nem fim. Um amor desfeito, um amor terminado. Estava só. Muito só. Muito fraca...
As lágrimas estavam jorrando para fora todas as preocupações da vida, do trabalho, suas preocupações de mãe, de responsável pela família. Mas, acima de tudo, toda a impotência de não ter seu amor.
Tudo estava turvo... sem graça. Não existia mais futuro, nem sonhos, nem nada... nada mesmo. Sentia-se claramente desiludida de viver. O mundo perdera seu colorido, suas formas. E, no amorfismo deste mundo, perdera-se e nunca mais se encontrara.
Suas orações não estavam sendo atendidas... pedia para esquecer, para poder viver novamente. Mas os céus não lhe respondiam - o tempo não era este. Este era um tempo de percepção da intensidade do amor. Um tempo no qual percebera-se amando de uma forma incondicional, tanto aos amigos como aos inimigos. Os últimos, em virtude do tipo de amor, não eram considerados diferentes das pessoas queridas.
Maria viva as experiências da sua vida de forma muito sofrida. Nada era suave. Tudo era intenso... demasiadamente intenso. Fatos que enfraqueciam sua capacidade de superação. Que a tornavam cada vez mais lenta e mais triste. Fatos que a faziam não querer mais sair de seu recanto, onde se escondia da vida.
Sabia-se em um momento depressivo. Sabia que ia passar... como sempre passa... como tudo na vida, conforme sempre diz. Mas o momento era triste... muito triste... demasiado triste... intensamente triste.
... Enlouquecidamente triste.

sexta-feira, abril 20, 2007

... em sua vida!

Um dia quente... abafado... assim estava aquela sexta-feira.
Maria, refriada e com febre, se mantinha calada e estática em frente ao PC. Não conseguia trabalhar. Seu organismo não tinha resistência para qualquer atividade.
Assim era a sua vida... assim sentia a sua vida.
Sentia-se sem resistência. Fraca. Abatida e sem esperança. Embora soubesse que era temporária, esta sensação de impotência emocional e física não lhe permitia raciocinar e sentir-se forte para lutar. Nosso físico influencía o psíquico e/ou nosso psíquico influencía o físico? Para Maria ambas as alternativas eram verdadeiras. Sentia isto na carne.
Lembrando de que estava sozinha, mais uma vez se deparou com a total estranheza de sentimentos. Uma pedra cobria seu coração. Queria ser chamada de "Meu Amor" , queria poder sair em saltos e sorrisos ao encontro do encontro. Mas a pálida ameaça de pensar na possibilidade foi engolfinhada pela crua realidade que a cercava.
Maria, hoje, estava cheia... cheia de tudo e de todos. Com raiva e com amor... com fraqueza e com esperança... nas típicas dubiedades das personalidades doentias.
Sentia-se doente.... e estava doente. A febre se manifestava com mais intensidade... a ponto de a fazer procurar um antitérmico. Já estava cansada de tanto tomá-los. Porque não tinha alguém que os alcançasse?...
E, sem nenhuma coerência de palavras, Maria despediu-se do PC e resolveu fazer repouso... afinal. Para curar uma Gripe nada como "Vitamina C e cama!" Acrescido de muito líquido.
O inverno não chegava... estava demorando demais... assim como tudo em sua vida.

by Miriam

terça-feira, abril 03, 2007

Um escrito antigo

Pensei em escrever, mas nada de importante vinha ao pensamento. Época de latência. Andando pelo PC, achei este texto que aqui trascrevo, com todas as palavras e datas. Creio que não foi publicado. Não sei porquê. Mas aqui vai:

Hoje estavas aqui!

Hoje te senti aqui, comigo. Ainda estou sentindo. É impressionante a realidade: cada traço, o corpo, o rosto, ... sentindo em mim. Falta-me a respiração... sinto o teu calor... impressiono-me. Fico tonta... balanço a cabeça por não estar entendendo a sensação intensa e nova. Sempre senti pensamentos. Mas assim, não. Desta forma, foi muito intenso. Digo "foi" porque estás, aos poucos, me deixando. Mas muito aos poucos.
Estou escutando a rádio que escutávamos juntos. Lembra?
As lágrimas começaram a cair ... foste embora. Enquanto estavas aqui eu estava tão bem que não senti o tempo passar. Encontro espiritual.
Agora eu que vou embora. Tenho q descansar. São 1 hora e 6 minutos do dia 15 de outubro de 2006.
Amanhã é Domingo. Outro dia.
Foi bom te encontrar, amado. Foi bom te encontrar.
beijos
E, deixando esta pérola, despeço-me.
by Miriam

quarta-feira, março 28, 2007

Um sonho...

Maria chorava. Chorava muito. Havia sonhado com seu amor.
Este sonho a pegara de surpresa...
Estava à porta, vendo-o se arrumar para partir, colocando as malas no carro.
Quando seu amado voltou-se para a despedida, lhe permitiu um abraço... havia se entregado ao imenso amor que lhe era dedicado. Maria enlaçou-o e se aconchegou, num abraço apertado... sentia-lhe as costas, o calor... e ao seu ouvido falou:
-"Como te amo, ainda!"
Seu abraço foi correspondido e um beijo intenso começou a ser dado... Sentiu seus lábios....sentiu seu calor! Tão real!!! Tão real!!!

Acordou sobressaltada, com seus lábios procurando o calor do seu amado...
Coração apertado... dor profunda. De tão profunda, não permitia sorrisos. Não permitia nada, além da saudade. E se esvaziava em lágrimas, que escorriam sem parar, por um rosto já envelhecido.
O que seria da sua vida sem seu amor? Não seria infeliz, porque não se considerava infeliz. Mas, com certeza, não teria mais forças para superar e esquecer este grande sentimento que lhe fez vencer dificuldades, quase que intransponíveis, no passado.
Maria queria esquecer... mas não se via capaz. Estava frágil. Sem forças para sair daquele momento de tristeza.
Sentia, em seus lábios, em seu corpo, o calor verdadeiro... o beijo verdadeiro... não fora apenas um sonho. Fora muito real para ser apenas um sonho.
Saiu da janela... lá fora, o dia cinza e chuvoso piorava qualquer estado de alma. Precisava trabalhar, precisava seguir sua vida.
"Amado de Maria! Que saudade!"

by Miriam

sexta-feira, março 23, 2007

** Maria e uma noite de outono. **

A noite havia caído, já. O outono estava começando. Maria dirigiu-se ao Parque. O trabalho havia terminado, por enquanto. Queria dar um tempinho... estava cansada. Dormira pouco naquela noite. O calor, ainda sufocante, os mosquitos... seu filho. Enfim, tudo contribuíra para não poder relaxar o suficiente.
A grama e as árvores já demonstravam o início da nova estação. Maria segurava a guia de sua fiel amiguinha. Ela cheirava a cada cantinho. E Maria não conseguia dar um ritmo aos passos. Olhou, então para as estrelas. Havia recebido uma mensagem com uma frase que lhe chamara atenção: -"Quando olhares as estrelas saibas que teu sonho se cumpriu!". Estava olhando as estrelas e viu que seu sonho não se cumprira, não. O sonho se acabara.
Por mais forte que fosse, as dores do coração a faziam chorar. Estava triste demais. Aquelas estrelas lembravam do seu grande amor que não a amava. Um amor solitário, sem destino, sem início nem fim. Maria sentiu-se com pouca inteligência. Como pudera amar, e ainda amava, sem ter se concretizado nenhum toque? Como pudera se entregar, assim, para alguém que nunca a deixara segura em relação ao sentimento mútuo?...
A cachorrinha puxou a guia... queria ir adiante... Maria se deixou levar.
"... se deixou levar!" Este era o termo exato. Maria havia se deixado levar por um sentimento intenso que ainda existia, embora tentasse sufocar.
Olhou novamente as estrelas e com elas falou, como se estivesse falando consigo. Nada no mundo conseguiría apagar este sentimento? Será que o tempo, tão amigo dos apaixonados, não exercia nenhum efeito sobre si? Será que a frase que escrevera numa outra noite seria uma verdade sem volta? "Amores verdadeiros não morrem... apenas se escondem nas estrofes dos poetas tristes!"
Maria queria que esta frase fosse mentira. Queria sentir que seu coração estava aberto para outros sentimentos, outras formas de se realizar. Mas ele a estava, sem dúvida, traindo.
Novo puxão na guia... desta vez sua queridinha estava querendo correr... Esta é a vida... as dores de Maria não impediam que a vida continuasse, sempre...
Maria seguiu, correndo um pouco. O vento batia em seu rosto. E sentiu que havia um espaço mais fresquinho em sua face... a brisa da noite tentava secar pequenas lágrimas que refrescaram a dor do seu interior.
Maria decidiu que vivería. Eternamente triste pelo amor perdido, mas sobreviveria. E o trabalho a esperava. Sem ele não poderia viver. Já sem o seu amor... (?)


by Miriam, triste, na quente noite de outono.

quarta-feira, março 14, 2007

Mais um dia de Maria

Era um dia quente... o cansaço tomara conta de Maria que passara por momentos difíceis naquele dia. Caminhara muito, preocupara-se muito. Na realidade, era total falta de fé. Mas, mesmo com a dor de pensar-se sem solução, entregou nas mãos dAquele que faz milagres e prodígios... e, ao final, ELE solucionou.
Maria, por estar sentindo-se fraca, deitou-se em frente à TV. E, ao passear pelos canais, viu maravilhas... jamais imaginou que isto acontecería. Mas, quando sua combinada saída não se concretizara, também sabia que era obra do Salvador. E, na "lerdice" que lhe causara tantas coisas juntas, sentou-se em frente ao televisor, sem rumo definido. Aconteceu... sem dúvida... e ela sorriu. Seu Deus até nisto lhe ajudava... Uma simples visão de coisas belas...
Maria levantou-se e tentou trabalhar. Não conseguiu. Seu trabalho fora menor... mas também estava nas mãos de JESUS.
É incrível como quando estamos mais fracos é que se manifestam os grandes milagres do Senhor. Na fraqueza ELE se manifesta.
Sentada em frente ao PC, viu um comentário no seu Blog, de uma figura impar... e, rapidamente, respondeu a estas lindas palavras. Esta figura, a Flor, era aquilo que Maria chamava de "corajosa", "destemida"... cristã.
Não era hora de continuar a tentar trabalhar... decidiu sair... desligar seu PC e descansar. O outro dia a esperava... e dar uma última volta pelos parques que a rodeavam era necessário. O frescor da noite a deixaria mais calma... e pronta para mais um dia abençoado pelas mãos de Deus.
As bençãos chegariam... elas sempre chegam. Na hora exata.

terça-feira, março 06, 2007

Estou sem inspiração!

Queria postar alguma coisa aqui, mas a inspiração não veio. Há muitos dias que estou quietinha... apenas visitando os Blogs de amigos. Mas, mesmo assim, nada de inspiração.
Deve ser cansaço... digo às vezes. Deve ser porque tenho muito trabalho e meu tempo fica curto, digo outras. Mas, na realidade, não é nada disto. É falta total de "sentir" alguma coisa. Pois... parei de sentir... Estou vivendo minha vida na melhor forma que alguém pode viver... sem sentir tristeza, sem sentir saudade, sem sentir vontade de ter o que não está aqui comigo.
Olho na minha volta... glorifico à Deus pela minha saúde, pela minha vida, pela vida e saúde dos meus filhos e pelo meu PC que me dá o pão de cada dia. Glorifico Seu Nome pelos meus filhos que, seguidamente, estão junto à mim, ambos... o normal é o mais moço ficar na volta.. afinal ele cá mora. Mas não... Minha filha mais velha tem vindo seguidamente me visitar.
Também, vivo momentos muuuuuuito felizes... fui à um casamento, neste final de semana, que estava "show". Dancei muito. Ri muito. Comi moderadamente... rsrsrsrs... (não posso engordar mais do que já engordei nestes últimos meses...) E, assim, minha vida vai passando de forma normal. Sem nenhum sentimento com intensidade suficiente para me fazer escrever grandes crônicas e histórinhas tão significativas como as de Maria.
O que me indica, esta letargia, é que não tenho mais sentimento intenso e angustiante, por ninguém... então, meu coração livre de dores, de sonhos, de esperas... fica tão calmo que o próprio fato de meu trabalho tomar muito tempo, já me satisfaz ( e me faz sair daqui da frente o mais rápido possível) e, realizada profissionalmente, não vivencío inspiração suficiente para postar nos Blogs.
Mas não vou abandoná-los. Postar já é um quase vício. Visitar os Blogs de amigos blogueiros se tornou as viagens que tanto sonho... e, assim, sigo meu caminho e minha vidinha.
Desculpem-me, vocês, se estavam esperando textos profundos... estou sem inspiração. Totalmente.
Quanto a ti, caro amigo Nilson, que sempre perguntas por meus posts... Mel e Maria, que também perguntam... e vocês que não citei nomes, mas que sempre me visitam em busca de uma leitura agradável, desculpem-me. Prometo que tentarei, da próxima vez, proporcionar uma passagem mais agradável pelo Noites de Verão. (Aos que não citei... não se magoem... amo a todos vocês). E não saberia ter um Blog, se vocês não pousassem aqui, com suas asas suaves, feitas de plumas de amizade, amor e companheirismo...
Deus os abençoe, abundantemente!
Beijos

by Miriam, totalmente sem inspiração.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Realize seu sonho!


Levantou-se... Não estava conseguindo trabalhar naquele dia. É interessante como esta falta de inspiração, de criatividade, se apresenta quando menos se espera.
Maria sabia-se inútil. Portanto, nada a fazer. Então, paciência!
Tomou seu casaco e saiu às ruas. Olhava os trens... eles passavam com uma cadência própria... Sorriu... lembrou-se de alguém que os admirava muito.
Uma buzinha atraiu seus pensamentos. Um motorista com "pavio curto" se impacientava, ante o sinal fechado. Ao se permitir sua passagem, arrancou, como se estivesse numa pista de corrida.
Maria lastimava por tantas pessoas não perceberem que a vida é linda de ser apreciada...
Olhou para cima, numa busca do alto... Lá, um painel publicitário sobre viagens destacava a frase: "Realize seu sonho!". Maria sentiu-se radiante. Nunca desistira dos sonhos. Os tropeços, as dificuldades, as contrariedades, só a entristeciam por momentos. Mas, em seguida, eram mais um motivo para continuar a lutar.
Seguindo seu passeio passou a pensar a respeito. Sempre procurava incentivar a todos a não desistirem. A lutarem pelos sonhos, pela felicidade. Quando nos sentimos bem, quando estamos em paz conosco, queremos distribuir amor por onde andamos. E desejamos que todos encontrem o que encontramos.
O frio começava a piorar... a noite estava se aproximando... Maria, num gesto instintivo, fechou a gola do seu casaco, encolheu-se para a frente e correu em direção à sua casa. Lá estaría aconchegada... e precisava descansar. O dia seguinte seria puxado... teria que criar duas vezes... trabalhando pelo dia que não fora capaz. Mas não se abalava. A dificuldade do hoje fora passageira... como todas as dificuldades da vida...


by Miriam... Não desista dos seus sonhos!

sábado, fevereiro 17, 2007

"Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso"

Evangelho segundo S. Lucas 6,27-38.

«Digo-vos, porém, a vós que me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam.
A quem te bater numa das faces, oferece-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, não impeças de levar também a túnica.
Dá a todo aquele que te pede e, a quem se apoderar do que é teu, não lho reclames.
O que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lho vós também.
Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam.
Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo.
E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto.
Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então, a vossa recompensa será grande e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus.
Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»
«Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados.
Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco.»


by Miriam, publicando a verdadeira "sabedoria"!

Infelizmente...

Recebi esta mensagem de um comentário feito na minha postagem anterior.
Não sei que é o autor deste comentário. Nem o porquê falou assim, aqui. Mas, certamente, ou foi um engano de Blog, ou falta-lhe coragem e hombriedade para esclarecer o porquê de sua colocação e onde eu a(o) prejudiquei. E se assim aconteceu, minhas desculpas.
Meus posts são feitos com amor e verdade. Nada se refere a outras pessoas... apenas a minha criatividade me impulsiona a escrever, entre um trabalho estafante e um cafezinho ao lado...
Peço que, se algum dos meus visitantes tiver uma luz para que eu possa desvendar este segredo, me mostre. Porque foi um comentário que me chegou com dois dias de atraso... e desta forma.
Quanto ao "armar confusão com o nome dos outros"? Mas Maria é um nome qualquer... e o fato aqui descrito é uma história qualquer...
Deixo como post, e não como comentário, o que abaixo transcrevo:

dracula deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O descanso de Maria":

Drácula said...
A maior manifestação de menoridade mental é não perceber a desatenção dos outros. Confundiu-se. É a primeira e a última vez que lhe faço um comentário. Por mim quero que vá dar uma volta "ao bilhar grande" e fique lá. Tenha juízo e cresça. Tenho mais que fazer do que perder tempo consigo. E nunca armo confusão com o nome dos outros que já todos topam ao longe. Fique sossegado no seu canto....

15 de Fevereiro de 2007 15:27:00 PST


by Miriam

sábado, janeiro 13, 2007

O descanso de Maria

Parou de trabalhar. Estava cansada. Resolveu dar-se um tempo.
Pegou a caneta e começou a escrever. A dor era profunda. Sentia saudade. Saudade que voltara a se manifestar com intensidade. Maria não sabia o porquê. Apenas vivenciava.
Há poucos dias, também vivenciara o sentimento de perda pela morte. Não para si, especificamente. Mas no meio onde vivia. E o cansaço, somado à dor dos amigos, esfumaçou a realidade presente e deixou seu coração à mostra. Neste coração, a dor. Neste coração, a saudade.
Maria sentia-se só. Não era "solidão". Considerava-se uma pessoa feliz. Mas sentia-se só. Sem seu amor. Percorreu a casa, em busca de fotografias... não as encontrava. Havia se desfeito de todas elas... na mágoa, não quis ficar com nada que lembrasse o rosto amado.
Pensou em escrever alguma coisa... que nada! Expor seus sentimentos era muito triste. As dores de amor, assim explícitas, não são fáceis de se dispor em público. Ousava em crônicas, em poesias...Mencionava fatos semelhantes, usava termos figurativos. Mas colocar suas dores cruamente, a sua imensa saudade de quem não sentia o mesmo, era muito difícil.
Olhando para o lado, viu a janela... na rua, o sol. Pela vidraça, a paisagem tantas e tantas vezes imaginada sendo percorrida pelos dois.
Suspirando profundamente, escondeu pequenitas lágrimas que turvavam seus olhos. Era hora de voltar a trabalhar. Era hora de esquecer... embora, no seu coraçãozinho puro e verdadeiro, sentia ser hora de amar.
Maria levantou-se... colocou o livro que estava nas suas mãos sobre o sofá. O descanso estava terminando. E a vida continuava. Deu adeus ao seu amor, que tão intensamente invadia sua mente nos últimos dias.
Um sorriso triste iluminou seu rosto. Este amor não terminaría nunca. Amores verdadeiros não terminam... apenas se escondem nas estrofes dos poetas tristes.

by Miriam, contando uma história.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Minha despedida de 2006

No penúltimo dia do ano de 2006, sentei-me e escrevi o que transcrevo abaixo. Por ser especial, está neste Blog "especial" do Noites de Verão. E o estou publicando numa tardinha de verão. E que verão! Quente demais.
Pois, eis que aqui deixo esta manifestação de um sentimento que me acompanhou durante os dias que estive longe da minha cidade. Eis aqui:


Fim de Ano! Início de Nova Vida!

Hoje, penúltimo dia do Ano. Dia 30 de dezembro de 2006.Estou numa casa onde, outrora, morei... Onde, outrora,vivi algum tempo. Onde me estabeleci, após mudança de cidade, num ambiente físico reformado e aumentado, conforme um planta feita por mim.
Um tempo dividido entre a esperança de uma nova vida, com a família unida, e a sensação de derrota e perda, que toda separação causa.
Hoje, aqui estou. Sentada no escritório... digitando este novo post.
Estranho como podemos nos sentir "estranhos" num lugar que, antigamente, era a nossa casa, o nosso lar. Daqui saí, em estado de choque, procurando abrigo na residência da minha mãe. Para cá voltei, após a separação, tentando viver uma situação de paz e solidão. Mas uma solidão pela qual esperei durante 23 anos.
Sei que já vivi muito. Que já passei muito... Que minha idade é a idade de observar em silêncio e tirar as lições que a própria vida nos dá. Mas, hoje, aprendi a mais nova lição. Que o passado tem que ser "passado". Que devemos nos desligar de locais da mesma forma como somos obrigados a nos desligarmos das pessoas que fizeram parte da nossa vida e não mais o fazem.
Interessante como, comigo, aconteceu a vivênvia do luto de forma incompleta e trocada. Desliguei-me da pessoa, mas não dos lugares. Desliguei-me do sentimento, mas não do espaço físico onde vivi com meus filhos.
Hoje estou aqui, a me sentir um peixe fora d'água. Hoje, penúltimo dia do ano de 2006, e eu, com meu "insight", a tomar nova direção na minha vida. Que inicía com o Ano de 2007.
A melancolia se fez presente desde que aqui cheguei... numa cidade que me deixou marcas profundas.Sequelas eternizadas pela própria vida. Marcas que me acompanharão sempre. Mas que, de alguma forma, foram os tijolos que precederam a minha nova contrução. Porque somos construídos, a cada ano, pelos materiais que a vida nos vai acrescentando.
Hoje, eu aqui... onde vivi. Hoje, eu com vontade de voltar para meu cantinho, para minha cidade.
Um Ano Novo se aproxima. Uma nova vida me espera. E sei que esta nova vida vai me afastar, cada vez mais, deste lugar, desta cidade. E nela, se voltar, será para vivenciar novas experiências, em novos locais.
Espero que, se daqui a 1 (um) ano eu cá voltar, seja em par. Com um novo Amor, com uma nova pessoa, com uma nova vida. Porque, hoje, eu percebi e me permiti viver novamente...um Ano NOVO, uma Vida NOVA.
Feliz Ano de 2007 para todos. Que as bençãos de JESUS se derramem a cada dia, formando um Ano completamente FELIZ e PRÓSPERO.


by Miriam... ainda melancólica pelo lugar, mas iniciando... sempre iniciando.