Parou de trabalhar. Estava cansada. Resolveu dar-se um tempo.
Pegou a caneta e começou a escrever. A dor era profunda. Sentia saudade. Saudade que voltara a se manifestar com intensidade. Maria não sabia o porquê. Apenas vivenciava.
Há poucos dias, também vivenciara o sentimento de perda pela morte. Não para si, especificamente. Mas no meio onde vivia. E o cansaço, somado à dor dos amigos, esfumaçou a realidade presente e deixou seu coração à mostra. Neste coração, a dor. Neste coração, a saudade.
Maria sentia-se só. Não era "solidão". Considerava-se uma pessoa feliz. Mas sentia-se só. Sem seu amor. Percorreu a casa, em busca de fotografias... não as encontrava. Havia se desfeito de todas elas... na mágoa, não quis ficar com nada que lembrasse o rosto amado.
Pensou em escrever alguma coisa... que nada! Expor seus sentimentos era muito triste. As dores de amor, assim explícitas, não são fáceis de se dispor em público. Ousava em crônicas, em poesias...Mencionava fatos semelhantes, usava termos figurativos. Mas colocar suas dores cruamente, a sua imensa saudade de quem não sentia o mesmo, era muito difícil.
Olhando para o lado, viu a janela... na rua, o sol. Pela vidraça, a paisagem tantas e tantas vezes imaginada sendo percorrida pelos dois.
Suspirando profundamente, escondeu pequenitas lágrimas que turvavam seus olhos. Era hora de voltar a trabalhar. Era hora de esquecer... embora, no seu coraçãozinho puro e verdadeiro, sentia ser hora de amar.
Maria levantou-se... colocou o livro que estava nas suas mãos sobre o sofá. O descanso estava terminando. E a vida continuava. Deu adeus ao seu amor, que tão intensamente invadia sua mente nos últimos dias.
Um sorriso triste iluminou seu rosto. Este amor não terminaría nunca. Amores verdadeiros não terminam... apenas se escondem nas estrofes dos poetas tristes.
by Miriam, contando uma história.
Pegou a caneta e começou a escrever. A dor era profunda. Sentia saudade. Saudade que voltara a se manifestar com intensidade. Maria não sabia o porquê. Apenas vivenciava.
Há poucos dias, também vivenciara o sentimento de perda pela morte. Não para si, especificamente. Mas no meio onde vivia. E o cansaço, somado à dor dos amigos, esfumaçou a realidade presente e deixou seu coração à mostra. Neste coração, a dor. Neste coração, a saudade.
Maria sentia-se só. Não era "solidão". Considerava-se uma pessoa feliz. Mas sentia-se só. Sem seu amor. Percorreu a casa, em busca de fotografias... não as encontrava. Havia se desfeito de todas elas... na mágoa, não quis ficar com nada que lembrasse o rosto amado.
Pensou em escrever alguma coisa... que nada! Expor seus sentimentos era muito triste. As dores de amor, assim explícitas, não são fáceis de se dispor em público. Ousava em crônicas, em poesias...Mencionava fatos semelhantes, usava termos figurativos. Mas colocar suas dores cruamente, a sua imensa saudade de quem não sentia o mesmo, era muito difícil.
Olhando para o lado, viu a janela... na rua, o sol. Pela vidraça, a paisagem tantas e tantas vezes imaginada sendo percorrida pelos dois.
Suspirando profundamente, escondeu pequenitas lágrimas que turvavam seus olhos. Era hora de voltar a trabalhar. Era hora de esquecer... embora, no seu coraçãozinho puro e verdadeiro, sentia ser hora de amar.
Maria levantou-se... colocou o livro que estava nas suas mãos sobre o sofá. O descanso estava terminando. E a vida continuava. Deu adeus ao seu amor, que tão intensamente invadia sua mente nos últimos dias.
Um sorriso triste iluminou seu rosto. Este amor não terminaría nunca. Amores verdadeiros não terminam... apenas se escondem nas estrofes dos poetas tristes.
by Miriam, contando uma história.
17 comentários:
Miriam,
Maria se esqueceu da mensagem fundamental do filme "Magnólia" ...
"Podemos tentar esquecer o passado, mas o passado não se esquece de nós".
Pois é minha amiga, diria que não vale a pena destruir memórias (escritas, fotografias, etc...)
em boa verdade elas estão gravadas a tinta indelével num espaço inacessível ... as memórias de cada um. São a nossa história ...
Lindo conto, Miriam. Lindo a sério.
Bjs. Te adoro
Mel
O passado faz parte de nós e, por isso, é errado pensarmos que o podemos esquecer. Nem podemos, nem devemos. Quanto muito, ultrapassamo-lo...
Gostei muito do conto, embora não esteja de acordo com o mito do amor eterno. O amor é eterno enquanto dura... As contrariedades da vida podem fazer com que um amor acabe...
Sinto me vendo em 2006, como Maria.
Agora me renovo e aqui continua sendo um recanto de prazer aos olhos leitores. Parabéns!
Te aguardo no meu blog, agora todo reformado, com imagens para não deixá-lo só em letras, apesar das letras continuarem a ser o principal.
Mariliza
Miriam,
Este descanso feito conto, onde realidades se cruzam com o imaginário...
Diria que Maria vai crescendo!
Na vida, não pode parar, presa ao passado.
As lembranças ficam sempre e não devemos sequer tentar apagá-las.
As mágoas esbatem-se com o tempo e...
Diria que é uma história de Vida(s)!
Um beijo,
Amores verdadeiros não terminam... apenas se escondem nas estrofes dos poetas tristes.
Um texto excelente sobre a tristeza de um amor perdido...
Gostei de toda a narrativa, mas a frase final é de mestre.
Beijos.
O verdadeiro amor é eterno!
Gostei muito das tuas palavras!
Beijinhos
"Amores verdadeiros não terminam... apenas se escondem nas estrofes dos poetas tristes." adorei esta frase.
O passado nunca se esquece , ele está sempre presente em nossas vidas. Impossível de esquecer!
Gostei da história. parabéns Miriam, tens veia poética. :)
Por vezes as recordações afloram aos nossos pensamentos, umas doces outras tristes. Mas tudo faz parte da vida.
Fica bem.
Um beijinho para ti.
Manuel
Bonito hino ao amor genuíno...
Oiiii.. passei por aqui... de xereta mesmo... mas amei seu espaço.... tanta coisa boa... passarei mais vezes ok?
Mta luz a vc e Um braço forte.
Miriam
Li, GOSTEI e me emocionei.
**beijos**
amor ... é amor
Olá Mriam
Tens razao em dizer que ando afastado dos blogs...mas tou de volta...
**beijos**
Como não há mais textos, deixo-te o desejo de uma boa semana.
Beijos.
O partir e o chegar fazem parte da vida, a vida não é estática, e talvez seja isso que lhe dá grandeza, o nunca sabermos quando vamos partir.
Fica bem.
Felicidades.
Manuel
Vim visitar o seu espaço pelo braço de um amigo....e simplesmente adorei!
Gosto das minhas memórias :)...ninguém me as tira!
Voltarei mais vezes!
Bom fim de semana.
Beijinhos da
Maria
Miriam,
Venho deixar um beijo e estas breves palavras...
«e de noite chorares por teres perdido o sol, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas.»
(R. Tagore)
Há uma força cá dentro de nós, uma fé, uma vontade...
Precisamos Acreditar!
(digo eu...)
Fica bem, beijos
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