sexta-feira, maio 16, 2008

Maria caminhou pelas alamedas do parque, sem saber como poderia deixar eternizado aquele momento. As imagens que via eram deslumbrantes. O perfume das flores das árvores, que estavam floridas naquela época do ano, lembravam de uma passagem biblica: "Árvores de suave perfume darão sombra à Israel". Ela se sentia como se andasse no paraíso...
Sorriu... o cansaço que estava não era de Paraíso e sim do mundo, mesmo... pois estava trabalhando demasiado.
Quando chegou em casa, resolveu dar um tempo para seu lado de "imitante de escritora"... e foi para frente do seu PC escrever alguma coisa. Seus amigos estavam a pedir. Dois deles em especial.
A noite estava calma. Nem frio, nem calor. Estava sozinha em casa. Uma noite de solidão... para quem se pensa só, por estar sem alguém fazendo companhia. Mas este não era o caso de Maria. Ela se sentia plena e tranquila. O sentimento de solidão está dentro de nós e não fora. Pois, para ela, o fato de estar só em casa era apenas uma situação temporária. Seu filho havia saído. E ela estivera a trabalhar, sem parar.
Falou com uma amiga, pelo MSN. Colocou alguns banners no ar. Agradeceu um mimo de uma amiga que fez um gesto magnífico para lhe ajudar. Pensou na vida... no futuro... mas sem sonhos nem quimeras, nem planos mirabolantes. Pensou... pois sabia-se confiante. Sem medos, sem dúvidas, sem traumas. Apenas tranquilidade.
Olhava para trás e via um passado que contribuíra, de alguma forma, para seu crescimento. Um passado onde as dores a arrastavam às lágrimas e ao triste lamentar de uma alma sofrida. Mas, na época, não sabia que tudo contribuiría para seu bem. Era falta de fé.
Olhou para o lado e viu sua inseparável amiguinha... a cachorrinha que abanava o rabinho e lhe fazia festas... queria atenção... queria brincar.
Era hora de Maria brincar, também, então.
E deixou-se levar pela casa, a correr e a sorrir...
Quem falou em solidão?...

by Miriam, num sábado à noite, outono... 2008

quarta-feira, abril 02, 2008

Dois belíssimos poemas de Jade Dantas


TUAS PALAVRAS
©Jade Dantas


Dá-me palavras de amor, meu amor.
Algo da tua essência, algo do teu sorriso,
o beijo ainda nem sonhado.

Mergulha na melodia
que fazes nascer no meu olhar.
Acaricia-me com palavras.

Excita-me, apaixona-me.
Que sejam suaves como teus lábios.
Fala-me de amor, acalma minha sede.

Dá-me tuas palavras.
Anula o tempo com teus beijos
e ficarás em mim, eternamente.


.............................
.................................................................


POEMA INÚTIL
©Jade Dantas


Este poema a me nascer nos dedos
será inútil, se não o escrevo. As palavras também
se não as moldo no papel. Assim o desejo
de ti, do teu olhar, do teu riso encantado
se não posso ficar nos teus braços.


Minha alegria é inútil, sem tua doçura
a me falar de tudo que desejo ouvir.
Dá-me um soneto feito de ternura,
uma visão mais lírica dos dias
e noites de fantasias apaziguadas.


Este poema inútil será um impostor
nesta noite de lua e de mãos enlaçadas
sem o teu beijo a me falar de amor.


by Miriam, para que conheçam o talento de Jade Dantas.

sexta-feira, março 14, 2008

Com saudades de "Maria".

Maria estava cansada de tanto trabalhar. Resolveu olhar suas histórias.
Em cada uma delas um momento especial. Em cada uma delas uma lágrima ou um sorriso. Em cada uma delas uma verdade escondida em palavras ou palavras escondidas na verdade.
Sua vida mudara intensamente. Estava mais tranquila, mais confiante na vida. Havia mudado planos, refeito sonhos, alcançado objetivos. Muitos problemas ainda eram enfrentados, mas lembrava das frases de uma música de sua juventude:
"... eu não lhe prometi um mar de rosas... nem sempre o sol brilha, também há dias em que a chuva cai... "
Este trecho da música também lembrava um livro: "Eu não lhe prometi um jardim de rosas". Livro didático (dentro da sua área) onde uma história de uma paciente se desenrola.
Voltando ao início... Maria sentiu saudades de Maria. E voltou a se derramar em letras e parágrafos, simulando vida e arte.
Nesta vida tão corrida, onde não existe tempo para pensar, para parar, para descansar... ela furtou uns segundos e olhou a lua pela janela. Meia lua... mas brilhante!
- Será que a lua foi lavada pelos temporais da tarde? Será que o brilho aumentou porque os raios deixaram rastros de suas luzes intensas, perdidos e envoltos nos raios do luar?
- Será que na vida não é exatamente assim?
Maria conjecturava situações e jogava com as palavras. Não queria ser entendida. Apenas queria jogar. Não queria ser acreditada. Apenas inventar. Não queria querer... apenas fazer.
E fez.
E pensou.
E escreveu.
E sonhou.
E gritou.
E parou.
E cansou.
E partiu.
...


by Miriam, com saudades de Maria.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

PONTE




PONTE

©Jade Dantas                     
           



Nos delírios da noite

não existe lugar para o impossível.

Posso flutuar sobre águas do sonho



entendendo que sempre existirá uma ponte

ao teu encontro

conduzindo além das nuvens,

além das palavras.



by Miriam

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

QUERO-TE

©Jade Dantas

As palavras afagando o instante...



Não qualquer palavra,

as tuas.



Um mar de esperança

ondulando nos meus olhos,

criado pelo teu olhar.



As ondas do amor

banhando o corpo e a alma,

tua nau navegando em mim,



a ventania do desejo envolvendo

tua boca de oceano.



As palavras afagando o instante...


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Esta bela poesia eu recebi por e-mail. E, com a devida autorização, estou a publicar. A qualidade inquestionável nos faz navegar pelos mares dos desejos poéticos. Parabéns, Jade Dantas.

by Miriam, divulgando belíssimas poesias.

sábado, fevereiro 02, 2008

Uma crônica para várias "Marias"

Luiz Maia enviou sua crônica de Fim-de-Semana. E, quando a li, logo respondi ao e-mail com o texto que transcrevo aqui:

"Luiz!
Esta tua crônica parece que foi feita para várias "Marias". Estas "Marias" das quais falo nas minhas crônicas.
Lindíssima.
É a história das Marias que souberam passar pelos dissabores da vida, sempre a vislumbrar um sentido mais profundo do que a própria dor, nas suas dores.
Marias que teimam em viver, contra todas as esperanças e realidades que as cercam. Marias que percebem-se fortes na fraqueza. Que usam as lágrimas como degraus para alcançarem a vitória. Marias que, em seu íntimo, sentem-se fracas mas, fortalecidas pelos dissabores, crescem em sabedoria e força a cada dia, a cada choro, a cada lágrima sentida. Marias silentes, que caminham em busca de si mesmas, de seus sonhos, com a garra que lhes vem da alma.
Mais um texto magnífico que vai ser publicado. Desta vez trocando de Blog.
O anterior está em http://tratos-e-poesias.blogspot.com.
Permites-me?"

E, com a devida permissão e a explicação de que ela foi feita para uma amiga de fato, residente no exterior, mas que, de qualquer forma, ... "a homenagem pode ser estendida à todas as "Marias" do Brasil, sem dúvida nenhuma."... participo desta homenagem à todas as Marias... não somente do Brasil, mas de qualquer terra que tenha uma "Maria".

Homenagem à amiga...
Luiz Maia

De repente te abandonaram ali, numa sala imunda sem explicação. Quebraram teus jarros com flores, queimaram teus livros, pisaram teus sonhos, mataram as orquídeas da sala de estar. Tolheram a vida quando impediram teu livre caminhar. Negaram-te o direito de saber como seriam os teus dias. Fizeram-te de boba para que não compreendesses a realidade, para que não soubesses das noites escuras que estavam por vir. Puseram vendas em teus olhos, jogaram-te na mais longa escuridão. Calaram tua boca, amordaçaram tua alma. Inibiram teus sonhos, roubaram os amores que buscavam a ti. Até que um dia disseram que não existias. Fizeram-te ciente apenas dos acontecimentos havidos nos corredores da dor. Tentaram te transformar numa pessoa sem nome, cuja aparência amarga negaria quem verdadeiramente és. Não supunham que pudesses descobrir no infortúnio a graça da poesia, o inusitado da analogia dos temas grandiosos.

Não seguistes o caminho que as forças tenebrosas quiseram te impor um dia. Hoje tu só queres agradecer à vida. Dizer bem alto que valeu a pena não desanimar, que não foi em vão ter acreditado no amanhã. Ainda que por ora oculta, palpita a beleza da vida em teu coração. Peço para que não me esqueças, minha amiga. Nem dos teus amores, aqueles a quem amas tanto! Repare em tudo à tua volta, em tudo o que começa a dar certo dentro de ti. Mesmo no decorrer da dureza dos dias tristes, sempre aflorou em ti o desejo de enaltecer a vida. Hoje estás consumida pela luz das palavras, uma apaixonada pela vida que teima em existir. Há muitas verdades no mundo, todas precárias e provisórias. Aceitem a complexidade da vida, esta que faz o homem agigantar-se no mundo e vencer os maiores obstáculos. Valeu a pena ter acalentado a esperança para que um novo tempo surgisse diante de ti!


Luiz Maia
http://br.geocities.com/escritorluizmaia/
Autor dos livros "Veredas de uma vida", "Sem limites para amar", "Cânticos" e "À flor da pele". Recife-PE.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Mensagem



VER

a Vida

as Pessoas

as Formas

É UM DETALHE


VIVER

de bem com a Vida

Amando as Pessoas

de todas as formas

É UM DETALHE que faz toda a diferença!


by Miriam. Texto recebido em uma mensagem pps. Ignoro o autor.

sábado, janeiro 19, 2008

Prêmio Escritores da Liberdade


Recebi este prêmio da Su. Do Blog Teia de Ariana . Não sei se sou merecedora, querida. Mas, de qualquer forma, agradeço a tua lembrança. Realmente eu coloco aqui todas as palavras que me brotam no peito, sem me preocupar se vai ou não vai ser bem aceito o post que surgiu no meu coração. Muitos de nós temem a verdade, pois ela pode machucar nossa forma de ver nossa própria vivência. Muitos usam de formas metafóricas para falar de seu dia-a-dia. Mas todos, - e isto eu digo e afirmo - todos... se colocam de alguma forma, com sua verdade. Todos necessitam das letras, das poesias, das imagens... para aliviar, através da sublimação, algo que lhe vai no íntimo.
Su! Sabes que teu Blog é especial. E, como bem foste premiada, deixo aqui a indicação de alguns Blogs que eu penso fazerem parte do time que é livre em seu modo de falar suas verdades. Com certeza muitos mais merecem. Mas.. tenho que nomear apenas 7 (sete).

1- Além do Horizonte - MJ. Tuas verdades saltam aos nossos olhos. Lindas. Em poesias, musicas e imagens. A tua liberdade em jogar com todos estes instrumentos de forma a nos brindar com belas postagens, a tua força - manifestada em cada post - mostra-nos que és uma mulher que vive e não abre mão de sua liberdade. Deixo aqui o selo para o Palavras Soltas, também. Mereces. E sabes que todos aplaudirão esta escolha.
2- Traços e Linhas - Dani. Teu novo Blog e o antigo "Eu, meus pensamentos" são mais do que merecedores deste prêmio. A tua verdade se insere com meiguice nos nossos olhos, afagando nossos corações.
3- A Kind of Magic - Ale. A cada vez que apareço em teu cantinho vejo que tão suavemente chegaste para nos dizer o que queres, o que pensas, o que vives... que sinto-me ligada a ti por algo indefinível. Mereces este prêmio.
4- O desabrochar de uma simples flor - Flor. É tão difícil encontrarmos quem fale desta Verdade com destemor! Mas, quando encontramos nosso DEUS, quando abrimos nossos braços para que ELE adentre em nosso coração, somos impelidos a falar a VERDADE , porque queremos que todos vivenciem este AMOR tão intenso e tão maravilhoso, o qual nos dá felicidade constante. E tu, como poucas pessoas, manifestas esta verdade com a Liberdade que nos dá o fato de sermos Filhos deste Deus Vivo.
5- Noites de Mel - Minha querida amiga Mel. Tuas poesias gritam as verdades com a liberdade das palavras buscadas por uma poetiza que sabe o que quer dizer. Merecido, com certeza!
6- De propósito - Manuel. Meu querido Manuel... Sabes colocar teus sentimentos através de poesias famosas ou por serem reconhecidas. Tua busca é tão íntima, mas tão íntima, que leva-nos a perceber teu coração e tua vida. Tens a liberdade dos sábios, na viagem pelo mundo dos poetas. Tens as emoções publicadas em cada palavra que colocas em teu Blog. Merecedor do prêmio e do meu afeto.
7- Nimbypolis - Nilson. Meu mano de coração. Por mais que elabores tuas poesias, a tua liberdade em jogar com as palavras traduzem verdades. Bailo nas estrofes de cada uma, numa dança de enlevo ao passear pelas rimas e jogos de palavras. Mereces este prêmio, querido.

Muitos mais teria para nomear. Mas sou limitada pelo número. Assim, repasso para cada um este Prêmio . E agradeço a honra de o colocar aqui no Noites de Verão.

by Miriam

terça-feira, janeiro 08, 2008

Quando o tempo une!

Na presença da suave brisa que me toca, uma mão me ergue e mostra-me o horizonte. Uma sensação de cansaço, que persistia, se esvai... A força retorna e a vontade de sair correndo pelas campinas, ouvindo a canção dos pássaros e sentindo o consolo da mãe natureza, faz com que tudo à minha volta se modifique.
A espera se fez grande... muito tempo me deixou paralisada, sem saber o que fazer. Mas, enfim, uma força superior me resgatou e me fez entender que o tempo era necessário para tudo acontecer.
Os lugares por onde passei me deixaram marcas. Em cada canto, um sorriso, uma vida em busca... Uma forma de conhecimento do todo - num pequeno detalhe. E, nestes detalhes, a ambiguidade do sentimento pessoal mostrou-me a imensa variedade de personalidades que vivem e convivem numa espera, quase que ininterrupta, da perfeita fusão - sem confusão...
Poderia dizer que união sem divisão não existe... mas não uma divisão de pessoas... e sim uma aceitação do outro como parte não integrante do meu eu... com sua individualidade fazendo parte da decisão do se relacionar com outra pessoa.
O que pude concluir, então?
O que sempre soube... mas que nunca havia confirmado... O sentimento é mais importante do que qualquer outro "tijolo" da construção. Pois ele é o alicerce... de tudo. Onde existe o AMOR, onde temos a essência do universo, o todo se manifesta com sua característica plena, sem necessidade de regras impostas por teses que maculam os ensinamentos que nos são inerentes, pela nossa natureza - somos seres criados à imagem e semelhança de Deus.
Quando existe amor, os caminhos se unem no tempo certo... e a vida passa a ser vivida da forma verdadeira. A vida passa a ser "vida em abundância".

by Miriam, numa dissertação livre....

segunda-feira, dezembro 31, 2007

Um Ano de Vitórias e Bençãos a todos!

Hoje estou me despendindo do ano de 2007. Um ano que serviu para me mostrar o que realmente tem valor na vida.
Perdi muitas coisas... passei por fases difíceis demais. Passei por situações profissionais inexplicáveis, como esta a que se refere o post abaixo. Passei por problemas que, para mim, eram insolucionáveis. E deixei nas mãos de Deus, cada um.
Com isto, aprendi a viver mais um pouco. Aprendi que nada do que temos, aqui na terra, é perene. Nenhuma das coisas materiais, que tanto lutamos para adquirir, supera a graça de estar nos braços de Jesus.
Hoje, último dia do ano, eu agradeço a Deus por todas as tristezas, todas as tribulações que me foram permitidas passar. Pois, sem elas, eu estaría menor.
Deixo, então, a todos meus votos de um 2008 tão maravilhoso, mas tão lindo, que permita a cada um dos meus queridos amigos, e dos que aqui passam, a consciência da razão da vida.
FELIZ 2008 a todos!!!!!!!!
Miriam

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sexta-feira, dezembro 28, 2007

A verdade está no ar!

Maria caminhava pelo jardim. Olhava em volta. E, ao perceber que na cesta de correspondência estava uma carta, surpreendeu-se. Mas como? Tantas vezes havia tentado conseguir aquela resposta e, quando menos esperava, ela apareceu...

Maria olhou seu filme de segurança.. e viu passos premeditados. Embora sabendo a verdade, pegou sua carta... respondeu. Porque sua verdade era a mesma, sempre. Nada poderia mudar sua forma de ver o mundo e as pessoas.

Lembrou-se de um conto no qual um mestre, depois de levar um aprendiz no alto das montanhas, onde ouvia-se ecos de tudo que falavam, pediu que ele gritasse bem alto palavras agressivas... e estas retornavam.. Depois pediu que ele gritasse palavras de amor... e estas retornavam. E ele, olhando ao pequeno que ali estava, disse-lhe:
-Assim é a vida. Tudo que fizeres retornará para ti. Se inundares todos de AMOR, independente de aceitação, o AMOR voltará para ti, e estará sempre te acercando.

Apesar de tudo, continuou a oferecer uma real amizade - tanto ao rementente como ao entregador. Sabia que, conforme a Bíblia diz, se desejasse "Paz a esta casa!" e ela não fosse aceita, a paz retornaria para si e para sua casa.

Os dias passaram... e Maria continuou a perceber a verdade dos fatos. E, num retorno ao seu cantinho predileto, a verdade esbarrou na sua frente. Por mais que possamos pensar que nosso voo pelo azul do céu, ao encontro do encontro esteja apenas nos nossos planos e no nosso conhecimento, fatos nos mostram que nada é impossível de se entender.

Fechou a porta... não precisava mais olhar o porta-jornais. E gostaría que as pessoas entendessem que, por mais que se escondam da vida e dos outros, existe um Deus que tudo vê e tudo sabe... e que mostra aos Seus filhos amados o caminho por onde andar.

Maria queria ficar quieta... mas não a deixavam. Sua paz era constante, embora não parecesse. Lembrou que, um dia atrás, estava a sestear e acordara com sua própria risada, pois estava sonhando que alguém lhe contava uma piada. Tentou lembrar... mas não conseguiu. E percebeu que apenas ri dormindo quem está em paz perfeita... aquele que tem seu coração em paz verdadeira.

Entrou em casa... o dia estava terminando... o Ano de 2007, também. E no novo ano, Jesus prometera, e, sem dúvida, cumpriría sua promessa: - Este novo ano seria ESPECIAL. O tempo que termina... anuncía, para ela, o júbilo e a vitória.


by Miriam, louvando à Deus por Sua ajuda, Seu cuidado e Seu Amor.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Feliz Natal e um Ano de 2008 repleto de graças!

Eu, na pele de Maria... ou Maria, na minha pele...?
Agradeço a todos que sempre passaram por aqui e aos novos visitantes... aos visitantes que aqui vem ao acaso...
Desejo a todos um Feliz Natal. Que neste novo ano possamos conviver mais neste meio blogueiro. Que possamos ser companheiros na jornada das letras e da arte. Que possamos entender o outro como aquele que coloca seu dom para nos presentear com suas criações.
Que em 2007 somente as alegrias sejam as companheiras diárias e constantes.
Se, por acaso, eu deixei de visitar algum blog dos que aqui me deixaram votos de Boas Festas, peço desculpas. Mas, em razão de estar em viagem meu tempo é curto na frente do PC. Além de estar com doença na família (já em recuperação, com a graça de Deus).
Deus abençoe a todos!!!!!!!
Beijos ternos
Miriam

domingo, dezembro 16, 2007

Mas... fiz um post...

Tentei... mas não consegui.
Tentei contar uma história de Maria... tentei em vão.
Maria está doente. Muito doente. E eu não me permito contar suas histórias.
Maria tem andado muito triste. E sua tristeza é tão profunda e tem razões tão concretas que, por mais que eu quisesse falar aqui, estaria menosprezando sua dor. Maria está no final do tempo do tempo... e não voltará, talvez. Como nunca devemos falar que "desta água não beberei", eu não posso afirmar que nunca mais cantarei Maria.
Podem acreditar: Um dos meus sonhos é poder cantar Maria, contar Maria, falar Maria, sonhar Maria. Porque Maria existe em mim antes de cada conto. Maria existe antes de cada dor. Pois viver em Maria é um viver real.
Tentei mas não consegui. E somente o tempo dirá.
Mas não acreditem em tudo que se diz... não acreditem porque Maria acreditou e depois viu que a verdade dos fatos era outra. Não acreditem nas dores... nos amores... Não acreditem no sofrimento nem na ruptura do tempo no tempo. Não acreditem na dificuldade. Muitas vezes a dificuldade existe porque não há intenção de se colocar o sentimento em palavras...
Mas... fiz um post... embora querendo - e não conseguindo - falar de Maria.


by Miriam, numa tentativa frustrada.


sexta-feira, novembro 16, 2007

O tempo sem tempo do tempo.

Maria levanta a cabeça... estivera cabisbaixa durante muito tempo. E entregara-se aos pensamentos, às recordações. Passou um tempo... o tempo do tempo... e o tempo se foi.
Assim como o tempo, as palavras tem um tempo de existência. E este tempo era finito. Tudo é finito. A não ser a nossa alma. E, neste finito tempo do tempo das palavras, muitas coisas foram ditas e muitas o deixaram de ser.
No silêncio está a verdade, e na negação do fato a realidade. Nas sofridas notas de um piano, que canta as dores de quem toca, está a certeza do sentimento de sombria estupefação.
Maria sabia que o que estava dizendo não fazia sentido para ninguém. Mas no tempo do tempo, a luz se derramaria sobre as pessoas e o entendimento se daría.
O tempo fora o tempo... não mais o era. E, deixando de ser, ultrapassava a barreira do material e se deslocava para a enternidade.
Maria estava no final do tempo das palavras. E colocava suas dores nas notas tristes tiradas em músicas eternas. Eternas porque somente a música é eterna, na contingência material das ferramentas das sublimações.
Saiu, mais uma vez, a passo... um passo do tempo sem tempo, que modificaría a sua vida - no tempo sem tempo do tempo.
Maria fora o tempo... e o tempo se rompeu.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Dolorosamente iguais...

Maria estava melhor. Havia passado por momentos difíceis... os quais ainda não haviam se solucionado. Mas a fraqueza se convertera em mansidão e retorno ao convívio da alegria e dos sorrisos.
Numa etapa tão difícil como a que havia passado - nada agradável -, ela se perguntava porque tudo era muito mais sofrido para determinadas pessoas e para outras a vida corria com mais calma e mais vitórias. Sua vida foi - e estava sendo - muito sofrida... lutas diárias, sempre "correndo atrás da máquina"
... e só.
Esta solidão, na qual ela se via sozinha na batalha, sem nenhum ombro ou ajuda, era o que mais a deixava triste. Pois "onde dois estão juntos, quando um cai, tem quem o levante"(bíblico). E este apoio, que tanto lhe fazia falta, era um sonho quase inatingível e quase impossível de ser "sonhado" no dia a dia.
Levantou de seu trabalho e, olhando uma revista, seu olhar percorreu algumas linhas onde assim estava escrito:
-"Pior solidão é aquela que sentimos quando estamos acompanhados".
Maria sorriu... a resposta estava ali. Mas nem precisava estar, porque Maria sempre foi só, mesmo quando estava acompanhada. Ela sabia muito bem o que queria dizer isto.
A música que escutava lembrava um final de semana se aproximando... ou ja em pleno andamento. E , mais uma vez, tudo seria igual. Tudo se repetia na vida de Maria, como se repetia o sol, ao nascente e ao poente. Os raios do sol, pelo menos, mudavam de tom e intensidade, dependendo do tempo, do dia. Mas os dias de Maria permaneciam iguais...
dolorosamente iguais...
infinitamente iguais...
sofridamente iguais...
Uma musica suave tocava, naquele momento... E Maria permitiu-se perambular pelas calçadas da mente, dançar nos jardins dos pensamentos... abraçar um amor imaginário e saltitar por entre arbustos e flores, cantando e encantando... levando em seus ombros o manto da alegria e da paz por poder sonhar... e era livre para sonhar.
Talvez tenham tirado tudo de Maria... mas não sua liberdade de sonhar. Não sua liberdade de "crer contra a esperança" ... não sua liberdade de saber-se triste por momentos, mas compreender que superaría a dor e continuaría a viver... a lutar...
e a vencer, em algum dia, em algum lugar...

ou pelo menos:
... em alguma coisa!

by Miriam, ainda em recuperação.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Sem rumo

Maria começou a caminhar sem rumo... deixou-se levar pelo coração e pela emoção. Não via as pessoas que passavam, nem carros... não via nada. Algumas lágrimas teimavam em querer aparecer e ela não as deixava correr. Não teria como mostrar suas dores e seus temores a ninguém. E não queria.
Seguiu seu rumo, que nem rumo era, pois se perdera da vida... perdera-se de seu sentido, de suas esperanças...
Olhando seus pés, que a levavam não sabia onde, não se deu conta quando se deparou com uma pracinha pequena. Ali algumas árvores, um banco e um caminho por onde várias pessoas caminhavam em seu exercício de final de tarde. Sentou-se, com a cabeça baixa... nada tinha a olhar.. nem a fazer... não sabia porque estava ali, nem porque havia sentado. E deixou o tempo passar...passar...
...passar.
Olhou em volta e poucas pessoas restavam. A noite se mostrava, com sua brisa suave e tonalidades confusas. Alguns raios de sol ainda iluminavam o horizonte, dando a cor avermelhada característica do poente... pequenas formas de nuvens, aqui e ali, num escuro azul acinzentado, transformavam o céu numa imagem digna dos grandes artistas. Mas nada animava Maria... que havia se escondido da vida e das pessoas no inverso escuro da natureza... não queria mais que a vissem, nem que a escutassem. Sua voz estava rouca, seus olhos sem brilho... e era chegado o fim.
Maria não se lembrava como ali chegara nem como devia seguir. Mas seu instinto de sobrevivência a impulsionou a buscar o conforto de sua casa. E lá se foi...
...Foi à passo... como tinha vindo até ali.
...Foi sem olhar os carros, as pessoas.

Foi sem sentir...
...Embora sentisse muito!

by Miriam, numa noite de primavera

Será que resiste?


Maria estava triste... muito triste...
Maria estava cansada...
                         muito cansada...
                         muito cansada...
Será que Maria existe?
Será que Maria resiste?
Quem será Maria?
O que quer Maria?
Onde anda Maria?
Por que Maria?

Maria estava cansada...
                         muito cansada...
Maria chorava...
                         muito...
pois estava cansada...
                         muito cansada.

by Miriam - (Imagem da net)

segunda-feira, outubro 15, 2007

Um adendo ao post anterior

Um adendo ao post anterior.
Ao fazer o post eu, nas palavras soltas, escrevi uma que, para mim, não tinha sentido. "Acidente".

"avenida, carros, estradas. ... horror, acidente, enxofre, ramada, sujeira, vassoura,...verídico, cuidado, porta, sufoco, cansaço, serventia, operação, viagem..."
( não posso esquecer de registrar que, aqui no RS, as plantas que existem e nascem pelos campos e à beira das estradas chamamos de vassouras)

Bem. Eu ainda não havia lido a notícia (nem sei se já estava publicada, provavelmente não estivesse ainda) sobre um acidente com um conhecido.

Deixo, aqui, o registro. Com a graça de Deus nada ocorreu de mais grave. Mas, como podemos esquecer que temos mais do que corpo? Como podemos esquecer que temos alma... e que esta alma está acima de qualquer espaço e tempo? E que podemos perceber acontecimentos ocorridos à distância, mesmo que não façamos parte dele?

Não é um fato isolado, este que ocorreu. É habitual em mim. mas quis deixar aqui, registrado. Sabe-se lá até quando estarei escrevendo aqui.

E a propósito do comentário feito no post anterior. Eu não estou saindo em férias. Quem sou eu para ter estes privilégios? Não posso contar com isto.

Deus os abençoe!

by Miriam

domingo, outubro 14, 2007

Sono reparador

Maria não seria capaz de dizer o que estava sentindo. Os sentimentos misturavam-se, confusos, em seu peito. Sabia não ser tristeza, mas não conseguia definir.

Sorriu ao pensar que, pelo menos, sabia o que "não" era. Já havia dado um passo em frente.

Movimentou-se, impaciente, em sua cadeira. Algo no ar... Algo que a incomodava. E começou a jogar com as armas de sua profissão (abandonada). Jogou palavras e fatos ao ar... em busca da resposta.

Neste Domingo o Horário de Verão estava começando. Maria não gostava deste horário. Eis que lembrou da noite anterior. Quando deitara, adiantara o relógio em uma hora. E, no mesmo instante, pensou:
-"Começou o tempo que eu não gosto".
Não gosto.... isto um cristão não deve dizer. Pois todos os dias são graças e bençãos de Deus. E a cada dia, mais graças, mais bençãos, são derramadas na nossa vida. Mas o verão, com seu calor insuportável, mosquitos, cansaço constante devido ao mal estar que o calor deixa no corpo... tudo isto a incomodava.

Neste Domingo estava sem poder trabalhar. Faltava material. E ela dedicou-se ao estudo. Alguns a deixaram triste, pois não conseguiu estudar- dúvidas e problemas com os programas que não sabia como solucionar. Entregou-se ao desenho e animação - desta forma ocuparía seu tempo e aprendería.

Muitos fatos contribuiram para o bem-estar de Maria na semana que havia passado. No entanto, o próprio bem-estar lhe dava a incômoda sensação de que estava, agora, vazia. Antes o sentimento lhe acompanhava. Mas,exatamente por isto, sem ele nada estava preenchendo o seu coração. Era uma situação "sui generis". Não tinha objeto para direcionar seu pensamento.

Lembrou-se, também, de amigos que estavam se aproximando. Amigos novos, amigos de algum tempo. Lembrou-se de que ganhara um irmão virtual. Lembrou-se do dia lá fora, com sol e céu azul. Lembrou-se de que estava sentada na frente do PC, sozinha, a escutar música. E jogou mais palavras:

Dúvida, anseio, solidão, retração, ressentimento, falsidade, saudade, aversão, bula, almoxarifado, sentimento, musicas, hortências, flores, relógio de flores, avenida, carros, estradas, jumento, autêntica juventude, horror, acidente, enxofre, ramada, sujeira, vassoura, beijo, casal, unidade, carícia,dança, dança com lobos, filme, televisão, reportagem, verídico, cuidado, porta, sufoco, cansaço, serventia, operação, viagem, situação cômoda, angústia, autenticidade, confirmação, autoridade, camaleão, suavidade, sentimentalismo exagerado, efusão, efusão do E.Santo. Conversão, arrependimento, reparação, eternidade, felicidade, amor.

Restava, agora, juntar as palavras e tentar decifrá-las. Nada incômodo. Pois estava, realmente, sem ter o que fazer.

Não sabia exatamente o porquê. Mas o próprio fato de escrever as palavras, e relê-las, havia aliviado seu peito.

Sentiu sono. Há pouco acabara de almoçar. E, como não podia deixar de ser, a moleza se instalava no seu corpo após o almoço. Não era consigo apenas. Todos sentiam. Nem sempre podiamos descansar como seria conveniente. Mas, hoje, Maria podia.

Saiu da frente do monitor e do teclado, sentindo-se calma e tranquila. O sono a embalava. A música suave dormitava com ela. E, nas mãos que escreveram, a cura para um estado momentâneo de insatisfação.

Todo seu ser se direcionava para que fechasse os olhos e se entregasse ao sono reparador. E Maria não lutaría contra isto.

by Miriam, antes de sair para descansar.

domingo, outubro 07, 2007

Renovação

Hoje estou realizada. Renovei minha página pessoal. Há tanto tempo desejava fazer isto, mas não tinha coragem.
Até que, ontem, comecei a renová-la.
Se quiserem ver o novo Layout, que eu, mui sem modéstia, achei lindo, passem por lá:

Minha Página Pessoal

Mas, especial mesmo, messssssssssmo, é uma música que toca na Poesia "Momento":

Momento


Espero que passem lá e escutem a música. Linda.
Ela é especial na minha vida. Muito especial.
Deus os abençoe.
Miriam