sexta-feira, março 14, 2008

Com saudades de "Maria".

Maria estava cansada de tanto trabalhar. Resolveu olhar suas histórias.
Em cada uma delas um momento especial. Em cada uma delas uma lágrima ou um sorriso. Em cada uma delas uma verdade escondida em palavras ou palavras escondidas na verdade.
Sua vida mudara intensamente. Estava mais tranquila, mais confiante na vida. Havia mudado planos, refeito sonhos, alcançado objetivos. Muitos problemas ainda eram enfrentados, mas lembrava das frases de uma música de sua juventude:
"... eu não lhe prometi um mar de rosas... nem sempre o sol brilha, também há dias em que a chuva cai... "
Este trecho da música também lembrava um livro: "Eu não lhe prometi um jardim de rosas". Livro didático (dentro da sua área) onde uma história de uma paciente se desenrola.
Voltando ao início... Maria sentiu saudades de Maria. E voltou a se derramar em letras e parágrafos, simulando vida e arte.
Nesta vida tão corrida, onde não existe tempo para pensar, para parar, para descansar... ela furtou uns segundos e olhou a lua pela janela. Meia lua... mas brilhante!
- Será que a lua foi lavada pelos temporais da tarde? Será que o brilho aumentou porque os raios deixaram rastros de suas luzes intensas, perdidos e envoltos nos raios do luar?
- Será que na vida não é exatamente assim?
Maria conjecturava situações e jogava com as palavras. Não queria ser entendida. Apenas queria jogar. Não queria ser acreditada. Apenas inventar. Não queria querer... apenas fazer.
E fez.
E pensou.
E escreveu.
E sonhou.
E gritou.
E parou.
E cansou.
E partiu.
...


by Miriam, com saudades de Maria.