quarta-feira, dezembro 06, 2006

O nada... para sempre!

Nunca mais consegui fazer poesias. Elas fugiram e escaparam por entre meus dedos. Esqueci de como se canta, em poesias, os amores. Esqueci de como os artífices das letras conseguem colocar, em pequenas palavras, sentimentos tão profundos, que destoam da própria qualificação de materiais físicos e visíveis.
Minha vida estável, sem mudanças, nem surpresas, fica na mesmice do que poderia ser e não foi. Meu colo, alvo e vazio, espatifa-se contra a solidão e joga-se ao encontro do mesmo hoje.
Nada sou diferente do sempre. E nada espero, também.
Engatinho pelas estradas das horas e minutos e fico à espera... somente à espera.
E orando para que ela termine logo, vou-me embora da frente da tela do computador.
Já é tarde... tenho que tentar adormecer...
Queria que pudesse ser para sempre...
Queria poder não sentir...
Queria o nada... para sempre.

by Miriam, cansada e com sono.