terça-feira, setembro 05, 2006

Vivendo o "Hoje"


Oi, Antonio!
Estivesses aqui, mas não tinha nada postado.
Não estava recolhida em busca de inspiração, amigo, mas sim com muitas aulas a serem feitas. Estou fazendo três importantes Cursos para minha carreira, e agora, ainda não satisfeita, me inscrevi em mais dois.
Uma das mais importantes qualidades ( pelo menos eu acredito nisto) é a de estar sempre me aperfeiçoando. Acredito em mim, na minha capacidade. Nada me abala por muito tempo. Nem sofrimentos, nem dores, nem amores... Fico triste por um tempo. Melancólica. Mas logo passa. E estou pronta para outra. E, baseada neste fato, que escrevo o que está abaixo:

Já vi muitas coisas na vida. Mas uma das que nunca vi foi alguém morrer de dor de amor perdido. Posso estar sendo pouco romântica. Mas, na minha vivência de 52 anos, nunca vi alguém morrer de dor por ter perdido amores. Esta constatação me conduz a um fato que ocorreu na minha família. Este fato se passou quando minha mãe era pequena.Uma moça , que não conheci (nem poderia, porque não havia nascido ainda), era noiva. Amava e era amada. Estavam para se casar, quando ela se submeteu a uma cirurgia simples. Mas... veio a falecer na mesa de operação. Ataque anafilático. Ela era alérgica à anestesia. Seu noivo, eu conheci. Olhem bem... minha mãe era pequenina nesta época. E eu vim a conhecer o noivo.... que continuou noivo. Tinha fotografias espalhadas pela casa. Nunca a esqueceu. Nunca casou. Mas ficou vivo, embora tanto amor.
Para mim, uma fraqueza. Não creio que exista amores assim. Creio que faltou força suficiente - e capacidade psicológica suficiente - para a superação do "luto". Se tal fato acontecesse hoje, com alguém próximo, eu falaria para procurar um Psicólogo ou Psiquiatra , com a finalidade de trabalhar as experiências traumáticas que culminaram na atitude de "não superação" do período de "luto".
Desculpem-me os românticos. Mas fatos são fatos. Períodos de luto, todos temos. Quando perdemos um emprego, quando perdemos alguém da família, quando perdemos um amor, quando não conseguimos ser classificados num Concurso, quando... quando...
É uma lei da vida... todos passamos por situações traumáticas. Elas nos abalam e nos levam a depressões momentâneas, que, aos poucos, vão sendo superadas pelas nossas próprias forças, pela nossa vontade de viver, pela nossa mundança de foco: passamos a enfocar outras situações, as quais estão ao nosso alcance e nos causam prazer.
Logicamente, tudo se dá aos poucos... com o devido tempo. Porque o tempo é o remédio para tudo. E esta é a maior e mais profunda verdade.
Na Bíblia temos: "Não te entregues à tristeza, porque ela te acompanhará, mesmo depois da morte". Não é escrita exatamente assim. Mas, com este significado. A tristeza empobrece-nos, enfraquece-nos. E a fraqueza psicológica e espiritual nos acompanhará além desta vida.
Pois, sou adepta de outra parte da Bíblia, também: "Para cada dia basta a sua preocupação". De nada adianta nos preocuparmos com um futuro que nem sabemos se iremos vivenciar. Então... Vamos nos preocupar com o dia de hoje. O que eu posso fazer para melhorá-lo e melhorar-me.
E, por isto, retorno ao início do meu post: Busco estudar, busco me aperfeiçoar em cada coisa que creio importante, hoje. Não vivo de tristezas por eventos passados - eles passaram e não me atingem mais. Nem de sonhos futuros - não sei se estarei lá para vivenciá-los. Vivo meu presente, com intensidade, verdade, compreensão da vida e dos "sabores" do viver o que me está ao alcance.
Não sou SUPER... claro que não. Por vezes me vem à lembrança bons momentos, que passei e que me deixam melancólica, saudosa. As vezes até me pego secando algumas lágrimas. Mas, logo, esqueço-me do passado e passo a sorrir pelo meu presente. Que é maravilhoso e que, embora possa me dar algumas surpresas desagradáveis, eu sei que faz parte da vida. E eu quero vivê-la como ela se apresenta. Sempre...
Obrigada, Antonior, pela visita. Obrigada a todos que aqui chegam. Considero-os meus amigos mais que reais. Porque vocês fazem parte do meu hoje.
by Miriam numa clara explicação do seu modo de vida, do seu ponto de vista.

5 comentários:

antonior disse...

Olá, Miriam!

Desculpa ter demorado tanto a comentar este teu post, mas, na realidade, já tinha passado por cá. Mas porque verifiquei que o conteúdo, pela sua essência e pela forma como o tinhas dirigido, implicava uma resposta mais cuidada do que o tempo e condições que a circunstância das minhas passagens apressadas por este meio me permitiam, não comentei antes.

Quanto a aprender e às decisões que tomas no respeitante à tua formação pessoal, a todos os níveis, cumprimento-te e dou-te os parabéns pelos notórios bons resultados que tens tirado, em todos os aspectos, e que continuarás a tirar porque és indiscutivelmente dotada, para teres sucesso e atingires o teu objectivo.

Quanto, aos sentimentos, com especial incidência nos afectos a que referes, parece-me bem sensata e pragmática a postura a que te remetes. Respeito-a e valorizo-a. É um caminho que permite teres o controlo da tua integridade emocional e seres assim mais produtiva para ti e para os outros.
Também a compartilho, em parte, porque a vida tem-me ensinado a responsabilidade de avançar, mesmo perante as adversidades, e essa lucidez que evidencias é indispensável nos momentos mais difíceis.
No entanto, respeito também, o sentir dos românticos, nas suas dificuldades em superar os "lutos". Os afectos são terreno do sagrado e cada qual experiencia-os como pode e sabe. O mundo é tão complexo e os mecanismos da vida tão para além das nossas leituras que as certezas devem ficar confinadas à nossa esfera de acção, e o nosso pragmatismo aplicado às nossas acções. Quanto, ao resto, comtemplo, em meu redor, com serenidade e carinho o mundo e as pessoas a acontecer.

Desejo que permaneças iluminada e em paz.

Beijinhos, com Amizade

Nilson Barcelli disse...

Não querendo incomodar o diálogo, direi só que és capaz de ter razão.
Viver o presente, aprender sempre, etc., são bons primcípios de vida.
Beijos.

poeta_silente disse...

Não incomodas de forma nenhuma, Nilson. Este Blog é para todos e fico feliz em responder a cada pessoa q aqui deixa sua pergunta, em forma de post.
Aparece. Serás sempre bem-vindo!
Deus te abençoe!
Miriam

Nilson Barcelli disse...

Miriam,
Obrigado pelo esclarecimento.
A publicidade que aparece quando abres o meu blog não tem explicação da minha parte. Nunca permiti ou solicitei tal coisa. Às vezes também me acontece, mas basta eliminá-las e não aparecem mais.
Mas vou tentar investigar, pois já mais pessoas me falaram dessa ocorrência.
Beijo.

Nilson Barcelli disse...

Bom fim-de-semana.
Beijos.